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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Artesanato e economia solidária; Leia artigo


Por Patrícia Oliveira Araújo
Arte Educadora - Casa Durval Paiva

Embora hoje em dia vivamos em um mundo quase que em sua totalidade capitalista, alternativas de rentabilidade vêm surgindo para beneficiar as classes menos favorecidas, como por exemplo, a economia solidária, a qual defende em seus fundamentos: a igualdade, a solidariedade e a autogestão. Essa prática surgiu como forma de favorecer a formação de microempreendimentos na produção artesanal e na organização de cooperativas de trabalho.

A economia solidária, geralmente é praticada por trabalhadores do meio rural e urbano, que, diante das incompatibilidades do mundo capitalista, vivem processos de exclusão social. Por não conseguirem inserirem-se neste padrão social, eles acabam vivendo de maneira precária, isto é, não conseguem ter acesso aos direitos sociais necessários para viver com dignidade e cidadania.

Uma experiência que tem dado certo é a utilização dos princípios da economia solidária na Casa de Apoio à Criança Com Câncer Durval Paiva, que assiste as mães/acompanhantes das crianças e adolescentes em tratamento oncológico ou hematológico. Através do setor de artes, a Casa de Apoio vem desenvolvendo atividades que possibilitam às mulheres desviarem o foco do tratamento contra o câncer e, em contra partida, desenvolverem aptidão para diversas técnicas do artesanato.

Os trabalhos desenvolvidos no setor têm como objetivo utilizar o espaço para a interação, integração e socialização das mães/acompanhantes, ajudando-as a ver o artesanato mesmo que a princípio ‘amador’, como mediação alternativa para a rentabilidade, visto que essas mães tem sua renda cessada ao acompanhar seus filhos no tratamento contra o câncer.

Ao praticarem os princípios da economia solidária no setor de artes, as mães/acompanhantes da instituição têm tido a oportunidade de desenvolver de forma cooperativa os artesanatos em sala de aula. Em razão dessas mulheres terem uma rotina muito pesada diante o tratamento dos filhos, não conseguem se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento de seus trabalhos.

Em contra partida, trabalhando de forma cooperativa, onde os propósitos e interesses são desenvolvidos de forma conjunta, buscando a obtenção de um resultado comum a todas, as mães/acompanhantes ajudam umas às outras, fazendo com que os trabalhos não sejam cessados. Mesmo que uma mãe porventura não tenha tido a oportunidade de finalizar seu trabalho, outra acompanhante desenvolve este artesanato de forma voluntária, pois todas buscam o bem comum.

Dessa forma, as mães/acompanhantes aprendem um novo ofício que lhes resgata a dignidade, reinsere no mercado de trabalho, como também, ajuda a serem protagonistas de seus destinos.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
Foto relacionada à divulgação
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