Por Cinthia Moreno
Fisioterapeuta - Casa Durval Paiva
CREFITO 83476-F
Qual é o
limite para uma criança amputada por sequela de um tumor ósseo? Qual o limite
para um adolescente que teve retinoblastoma (tumor no olho) aos cinco anos de
idade? Qual o limite para um jovem com hemofilia que desde criança tem
hemartrose (sangramento) no joelho?
Muitas vezes
se fala de superação de limites como um ato heróico, no qual um incapacitado
faz ou realiza algo que era inalcançável. Não quero abordar os conceitos de
limitação e incapacidade, mas refletir sobre o que consideramos ser limite e
sobre a percepção do que julgamos ser capazes.
Alguns pais,
por precaução ou por querer proteger o filho, criam limites que de certa forma
prejudicam a autonomia da criança. E, algumas crianças, criam limites por medo
de tentar. A fisioterapia é uma ferramenta muito importante no processo de
reabilitação, pois através de exercícios individualizados, a criança percebe mudanças
no seu corpo que vão se refletir na sua capacidade funcional. Ela se percebe
com mais força muscular, mais resistência, melhor equilíbrio e com melhora nos
movimentos de uma forma geral. É nesse momento, em que se sente confiante, que
devemos estimular as tentativas: andar de muletas ou sozinho, subir e descer
uma escada, correr, andar de bicicleta, participar das aulas de educação física
na escola e brincar com os amigos.
As
alterações na capacidade funcional devem ser percebidas também pelos pais que
podem estimular a criança à uma maior variedade de atividades motoras. Se a
criança consegue comer sozinha, isso deve ser estimulado. Se consegue andar de
forma independente, não deve ser levada no braço. Se quiser nadar, porque não
tentar? Quanto à atividade física, deve-se levar em consideração a aptidão
física, o desejo da criança, as condições familiares e os riscos para sua
integridade física.
No setor de
fisioterapia da Casa Durval Paiva a interação com o paciente e sua família
sobre cuidados e riscos de brincadeiras e atividades físicas é sempre clara e
esclarecedora. A proteção e o estímulo devem andar em equilíbrio, para que a
criança seja reabilitada, desfrutando da condição que tinha anteriormente, ou
se adapte a uma nova realidade.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
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