Lady Kelly
Farias da Silva - Terapeuta Ocupacional Crefito:14295-TO
Cinthia de
Carvalho Moreno – Fisioterapeuta Crefito 83476-F
Casa Durval
Paiva
O brincar
tem influência no crescimento e desenvolvimento da criança e é, através dessa
ação, que há oportunidade de aprender, experimentar o mundo, de se relacionar
entre pares, organizar suas emoções, dentre outros aspectos. Mas quando falamos
de crianças em tratamento oncológico o que muda? Qual a relevância desse
brincar?
Neste caso,
podemos considerar, primeiramente, que brincar é uma necessidade e um direito
da criança. Observamos que a criança assistida na Casa Durval Paiva, durante o
tratamento, é submetida a vários exames, internações hospitalares prolongadas e
diversas modalidades terapêuticas, tais como: quimioterapia, radioterapia e
cirurgia, que acabam privando o brincar, interferindo no seu desenvolvimento
global, além de toda mudança que ocorre em sua rotina, adaptação a novos
horários, convívio com pessoas desconhecidas, distanciamento dos irmãos, da
escola, enfim, são muitas as mudanças que ocorrem durante o período de
tratamento, e a criança passa a se relacionar com uma equipe multidisciplinar.
Desta forma, o olhar dos profissionais sobre esta criança precisa ser de muita
sensibilidade e humanização para identificar as reais necessidades durante esta
fase da vida.
O fato do
câncer ser considerado uma doença crônica e necessitar de um tempo prolongado
de tratamento e hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança nos
aspectos físicos, cognitivos e emocionais. Nesse contexto, eis que surge o
brincar, em sua forma terapêutica. Devido à doença ou ao tratamento em si, a
criança pode apresentar algum tipo de comprometimento e o brincar passa a ser
realizado com o intuito de minimizar os efeitos negativos do tratamento, também
como meio de adesão, além de proporcionar, através do lúdico, um plano de
tratamento que favoreça a necessidade do paciente de maneira individualizada.
A terapia
ocupacional trabalha através da brincadeira o aspecto psicomotor, permeando
pela lateralidade, esquema corporal, equilíbrio estático e dinâmico,
favorecendo o estímulo dos aspectos cognitivos (atenção, concentração, memória,
resolução de problemas, dentre outros), proporcionando a socialização, a
aprendizagem e a independência. Já na fisioterapia, os brinquedos, brincadeiras
e jogos também são utilizados para criar um ambiente atrativo e divertido.
Muitas vezes, os exercícios de fortalecimento, de recuperação da amplitude de
movimento e treino de equilíbrio são realizados com diversão e brincadeira.
No
tratamento oncológico infantil, as atividades divertidas devem ser aliadas à
reabilitação e não somente como passatempo. A ação do brincar no ambiente
terapêutico contribui para o desenvolvimento das habilidades e proporciona a
realização de um tratamento eficaz, auxiliando na qualidade de vida,
favorecendo momentos saudáveis, sendo uma atividade ao mesmo tempo educativa,
terapêutica e prazerosa.
Foto por assessora de imprensa
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