Rim, medula óssea e parte do pulmão e do
fígado podem ser transplantados a partir de doadores vivos
Recentemente
a artista estadunidense, de origem mexicana, Selena Gomez passou por uma
cirurgia de transplante de rim e gerou comoção nas redes sociais, recebendo o
apoio de vários fãs para a pronta recuperação. Ela recebeu o órgão da amiga
Francia Raisa. As duas passam bem. Exemplos como o de Raisa não são incomuns. E
neste Dia Nacional de Doação de Órgãos (27 de setembro) vamos falar sobre o
doação de órgãos em vida aqui no Brasil.
Como é o
caso de Henrique Garcia, 43 anos, de Paraguaçu Paulista (SP). Há 27 anos, ele
teve cálculo renal, fez cirurgia e recebeu o acompanhamento de um urologista.
Com o tempo, ele acabou abandonando o tratamento. Em 2005, teve um novo cálculo
renal e operou novamente. Mas onze anos depois, em 2016, ele constatou que
tinha rins policísticos. Iniciou o tratamento até que, por fim, precisou de
diálise.
“Ato de
amor”
Durante as
diálises, a esposa de Henrique, Ana Paula Gerônimo, se colocou como pré-doadora
dele. Os exames de compatibilidade deram positivos e, em 24 de agosto, o casal
foi submetido à cirurgia para o transplante. Todo o acompanhamento foi feito no
Hospital do Rim, na capital paulista, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Tudo foi
feito pelo SUS. Eu sempre fui muito bem atendido. Atendimento de ponta. A gente
ouve falar tanta coisa do SUS. Mas o Sistema me supriu muito bem! Equipe
atenciosa. Eu digo que o SUS foi fundamental no meu caso”, relembra Henrique.
“Colocar um
rim à disposição do meu marido veio do fundo do coração. Eu tinha que salvar
ele. Precisava fazer de tudo para que ele tivesse uma vida normal de novo, como
quando eu o conheci”, diz Ana Paula emocionada. “É tão bom ver uma pessoa que
está passando dificuldade e você, com um ato, poder devolver a vida a essa pessoa.
É um ato de amor”, completa.
DOAÇÃO EM
VIDA
A doação de
órgãos ou tecidos em vida é um ato em que a pessoa manifesta a vontade de doar
um dos rins, parte do fígado e do pulmão e medula óssea para ajudar no
tratamento de uma pessoa.
O
"doador vivo" precisa ter boas condições de saúde, ser juridicamente
capaz e concordar com a doação. De acordo com as leis brasileiras, pais,
irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Basta haver
compatibilidade entre o doador e o receptor. No caso de outros doadores
compatíveis que não tenham parentesco com o receptor, é necessária autorização
judicial.
DOAÇÃO DE
RIM
Por ser um
órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e tanto o doador quanto
o transplantado podem levar uma vida perfeitamente normal.
MEDULA ÓSSEA
Pode ser
obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue.
FÍGADO OU
PULMÃO
Poderão ser
doadas partes destes órgãos.
Já quem quer
ser doador falecido, não é necessário deixar nada por escrito. Basta manifestar
essa vontade para os seus familiares. Em caso de morte, a família é consultada
e pode autorizar legalmente a doação, garantindo assim o último desejo do ente
querido. A doação de órgãos e tecidos é um gesto de amor e solidariedade que
salva vidas. [Fonte: Blog da Saúde]
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