Por Patrícia
Oliveira Araújo
Arte Educadora - Casa Durval Paiva
Ao falarmos
sobre arte, independente de qual aspecto seja normalmente encontramos uma
barreira, seja na discussão do assunto ou no desenvolvimento de suas práticas.
No momento em que conversarmos sobre arte, a grande maioria das pessoas leva a
discursos rasos de quem ao menos se dispôs ao mínimo de leitura sobre o assunto
e nos deparamos com frases do tipo: “Arte não serve para nada”; “Arte é coisa
de vagabundo”; “Arte é coisa de quem não tem o que fazer”, entre outras. Em
contra partida, as pessoas que sabem um pouco sobre o assunto, a grande
maioria, associa a arte diretamente, a saber, desenhar e pintar.
Na área da
educação, a arte pode ser dividida em quatro categorias: Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro. Dentro das artes visuais, as modalidades de atuação mais
conhecidas são: desenho, pintura e escultura, porém, existe outra série de
modalidades, segundo o PCN (Parâmetro Curricular Nacional) as áreas de atuação
dentro dessas linhas mais tradicionais, como: gravura, arquitetura, artefato e
desenho industrial e, nas modalidades mais atuais, que levam em consideração a
modernização, os avanços da tecnologia e as transformações estéticas temos: a
fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação e performance.
Para
esclarecer sobre a transformação estética da arte, é importante entender seu
significado, estética vem do grego “aisthésis”, que significa “percepção,
sensação”. A estética é exercitada com os artistas com o intuito de que eles
expandam sua percepção, sensibilidade e imaginação, na produção e apreciação
dos trabalhos artísticos. Dessa forma, a estética irá mudar de acordo com as
mudanças que ocorrem no mundo (tecnologia) e consequentemente isso irá
influenciar diretamente no modo como os artistas desenvolvem seus trabalhos.
Levando em
consideração essas informações, podemos observar que o artesanato não é citado
em nenhuma dessas áreas de atuação, porém, não deixa de ser uma prática
artística. Considerando a falta de esclarecimento sobre o desenvolvimento dessa
atividade, falaremos sobre o ensino de práticas artesanais para adultos, que é
um exemplo de arte educação.
Ao ensinar
práticas artesanais como forma de arte-terapia para mães/acompanhantes de
pacientes oncológicos e hematológicos da Casa Durval Paiva, por exemplo, a
barreira inicial a se vencer é deixar que elas se permitam experimentar, por
isso, nessa fase é muito importante trabalhar no aluno o desprendimento da arte
em busca do belo, perfeito, pois muito provavelmente ele achará que seu
trabalho não está bem feito ou bem acabado o suficiente para ser bom, portanto,
não estará belo. Porém, o importante nesse momento é o fazer artístico, o
desenvolvimento desta atividade. Nesse momento, o aluno deixa-se envolver pela
ação da prática de um trabalho artesanal e não pelo fato dele ser bom ou ruim.
Com a prática da rotina artesanal, o aluno passará a construir confiança,
levando futuramente ao aprimoramento de seus trabalhos, fazendo com que conheça
melhor as práticas realizadas para cada técnica, construindo assim, uma
afinidade, uma rede de conhecimentos sobre esta modalidade.
Ao
iniciarmos o desenvolvimento de uma atividade como o corte de um papel, por
exemplo, se o aluno diante da vivência que possui, não tiver tido contato com
essa prática em algum momento da vida, o simples corte de um papel em formato
de coração, não será “perfeito”, porém, se for incentivado a desenvolver a
atividade, mostrando que o primeiro corte de muitas pessoas inicialmente foi
igual ao dele, mas com a prática aquele corte conseguiu ser aprimorado, isso
faz com que o aluno não desenvolva um bloqueio pôr não conseguir realizar uma
atividade ou pôr não conseguir executá-la inicialmente, concebendo ao aluno
impulso e confiança para tentar outras vezes, e aperfeiçoar sua técnica.
Dessa forma,
entende-se o quão relevante é o fazer artístico nas práticas educacionais e
arte, e a importância de cativar o aluno para que ele fortaleça sua
autoconfiança diante de novas modalidades e/ou atividades.
Assessoria de Imprensa
Casa Durval Paiva - (84) 4006.1600/ 9981-3474/
9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto mais cedo,
melhor!
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