Por Cinthia
Moreno
Fisioterapeuta – Casa Durval Paiva
CREFITO 83476-F
O
Transplante de Medula Óssea (TMO) é uma das possibilidades de tratamento para
pacientes com algumas doenças hematológicas, autoimunes e alguns tipos de
câncer.
A medula
óssea é um tecido líquido-gelatinoso que está presente em alguns ossos e é o
local onde são produzidas as células componentes do sangue: as hemácias
(glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As
hemácias transportam o oxigênio e o gás carbônico, os leucócitos são os agentes
do sistema de defesa do nosso organismo e as plaquetas fazem parte do sistema
de coagulação do sangue.
O TMO é
realizado através da infusão intravenosa de células progenitoras hematopoiéticas
normais, ou seja, células “mães” que produzem as células especializadas do
sangue, para substituição de células doentes, com o objetivo de restabelecer a
função da medula danificada. As células progenitoras podem ser obtidas do
próprio paciente (transplante autogênico), de um irmão gêmeo idêntico
(transplante singênico) ou de um doador compatível que seja familiar ou não
(transplante alogênico). O TMO é um termo genérico que vem sendo substituído
por Transplante de Células Progenitoras Hematopoiéticas (TCPH), já que
atualmente o transplante pode ser realizado além da medula óssea, com sangue
periférico ou pelo cordão umbilical.
A presença
de um Fisioterapeuta na equipe de assistência ao paciente transplantado é
fundamental, pois a necessidade de isolamento protetor restringe as atividades
físicas, inclusive com diminuição das atividades de vida diária (AVD), e isso
pode levar a queixas de fadiga (cansaço) e fraqueza, que por sua vez podem
fazer com que o paciente permaneça mais tempo de repouso, ficando ainda mais
inativo.
A
fisioterapia motora tem o objetivo de reduzir ou prevenir a atrofia muscular de
desuso, manter a coordenação, o equilíbrio, a força muscular e a amplitude de
movimento. É importante incentivar o paciente a sair frequentemente do leito,
procurando realizar exercícios em pé, como exercícios de alongamento e
fortalecimento muscular. As orientações posturais devem ser reforçadas com o
objetivo de evitar dores musculares decorrentes de uma postura inadequada. O
paciente deve ser incentivado a permanecer sentado sempre que for possível.
Na estrutura
da Casa Durval Paiva existe uma ala especial para as crianças e adolescentes
que se submetem ao transplante. Como há necessidade de isolamento durante
aproximadamente 100 dias, tudo é feito com muito cuidado seguindo protocolo
fornecido pelo serviço de TMO. De acordo com a necessidade individual, são
traçados os objetivos da reabilitação e o paciente é acompanhado
frequentemente.
A
fisioterapia pode auxiliar no tratamento dos pacientes submetidos ao
transplante, melhorando a função global ou auxiliando no tratamento dos
sintomas que surgirem. Os efeitos positivos dos exercícios para pacientes com
câncer são reconhecidos por seu importante impacto na qualidade de vida dos
mesmos.
Assessoria de Imprensa
Casa Durval Paiva
(84) 4006.1600/ 9981-3474/ 9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto
mais cedo, melhor!
Foto relacionada à divulgação
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