Por Cinthia
Moreno
Fisioterapeuta – Casa Durval Paiva
CREFITO 83476-F
O tumor
ósseo se desenvolve quando algumas células se proliferam de forma descontrolada
e podem invadir outros tecidos e órgãos. Alguns dos primeiros sintomas são dor
(óssea ou muscular) e inchaço no local acometido, o que pode levar à limitação
no movimento articular e de todo o membro. É muito comum o paciente associar os
sintomas a um ‘evento’ recente, como uma queda durante uma brincadeira ou a
prática de esporte, mas muitas vezes não há relação com trauma ou lesão.
Esse tipo de
tumor não está entre os mais frequentes tumores pediátricos. Mas de acordo com
o Instituto Nacional do Câncer (INCA), normalmente o diagnóstico é feito
tardiamente e isso tem um impacto no tratamento e também no prognóstico. O
tratamento normalmente é cirúrgico, com quimioterapia antes e depois do
procedimento. Em alguns casos, dependendo do tipo, tamanho, localização,
estágio da doença e condições gerais da criança ou adolescente, é necessário
realizar uma amputação (retirada parcial ou total do membro) e isso causa um
grande impacto para o paciente e sua família.
É
fundamental que desde o momento do diagnóstico o paciente tenha acompanhamento
com um Fisioterapeuta, como acontece na rotina da Casa Durval Paiva. Após
avaliação inicial devem-se ter alguns cuidados, como iniciar o uso de muletas
ou andador, caso o tumor esteja localizado em um dos membros inferiores. Essa
medida é para evitar a sustentação de peso no membro e evitar fraturas. O
paciente e sua família devem ser bem orientados quanto ao uso correto desses
dispositivos e sua importância.
Exercícios
para manutenção e melhora da força muscular nos membros superiores e no membro
inferior não afetado devem iniciar precocemente. Se o paciente foi submetido à
amputação, são realizados exercícios de fortalecimento para o coto (parte
remanescente do membro) e, posteriormente, treino de marcha com prótese, ou
seja, o paciente vai treinar para caminhar com um dispositivo que vai
substituir o membro.
Precisamos
motivar o paciente, fazê-lo entender que ele pode ter uma ótima funcionalidade.
Ele poderá voltar à rotina de brincadeiras, à escola, continuará crescendo,
poderá trabalhar, dirigir, ter família e até mesmo ser um atleta de alto
desempenho. Enfim, ele será o que quiser ser. A amputação não é o fim! Mas um
meio de superar limites, que muitas vezes são impostos pelo câncer ou pelos
outros.
Casa de Apoio à Criança com câncer Durval
Paiva
Assessoria de Comunicação
Foto relacionada à divulgação
0 comentários:
Postar um comentário