Por
Priscylla Kelly Abrantes
Nutricionista - Casa Durval Paiva
CRN 14096
A
importância dos hábitos alimentares saudáveis, para o crescimento e
desenvolvimento adequado da criança, é admitido atualmente como algo de extrema
importância. Esses hábitos que influenciam a alimentação infantil são
adquiridos através de diversos fatores, como os de origem econômica, os
socioculturais, os psicológicos, os emocionais e os familiares.
Com essa
perspectiva, o ambiente familiar se torna o primeiro educador e influenciador
dos hábitos e comportamentos alimentares. Desde o nascimento, e nos primeiros
anos de vida, um dos principais eixos de interação entre pais e filhos é a
alimentação, tendo seu início com a amamentação. Aos seis meses, o leite
materno já não supre as demandas metabólicas para o desenvolvimento da criança,
passando a ser necessária a introdução da dieta complementar. E é neste momento
em que se inicia o processo de conhecimento dos sabores, texturas, preferências
e aversões, e tantos outros aspectos nessa jornada alimentar. Vale apontar
ainda a influência que a cultura do grupo social em que a criança está inserida
exerce em suas escolhas alimentares.
Pesquisas
apontam que determinados comportamentos dos cuidadores podem acarretar em
consequências negativas neste processo. Como exemplo, tem-se que a imposição às
crianças para comer determinados alimentos está associada à diminuição do
consumo e até mesmo à rejeição destes alimentos. Também pode ser percebido que
a ideia do possível controle do apetite da criança, através de restrições, faz
com que se altere sua capacidade fisiológica de auto regulação do eixo fome e
saciedade, gerando descontrole e voracidade alimentar, podendo acarretar, no
futuro, sobrepeso ou obesidade. E ainda, que não havendo hábitos e ambiente
familiar que sirvam de base e exemplo para as crianças, não haverá bons
resultados e adesão às mudanças.
Em pacientes
oncológicos isso se torna ainda mais importante, pois se sabe que o tratamento,
muitas vezes, traz consigo diversos sintomas que interferem diretamente em seu
estado nutricional. O cuidado e atenção dos pais frente às náuseas, enjoos e
alterações do apetite, por exemplo, respeitando os momentos de melhor aceitação
alimentar dos seus filhos, torna as refeições mais agradáveis e suaves. Além
disso, a adesão à nova dieta se torna mais fácil quando a família também adere
à nova realidade alimentar do paciente, trazendo um reforço positivo quanto à
pertinências destes novos hábitos para melhores resultados do tratamento.
Desta forma,
percebe-se que a atuação do nutricionista transcende aos cuidados exclusivos
com os pacientes, sendo de extrema importância as orientações e a educação
nutricional, também daqueles que fazem parte do convívio rotineiro da criança,
contribuindo assim para seu crescimento e desenvolvimento o mais saudável
possível.
Assessoria de Imprensa
Casa Durval Paiva - (84) 4006.1600/
9981-3474/ 9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto
mais cedo, melhor!
Foto relacionada à divulgação
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