Pessoas obesas têm um risco 55% maior de
desenvolver depressão, por isso, o acompanhamento especializado pode ajudar a descobrir
as causas da doença e tratar
Quem está
acima do peso sabe muito bem o quanto é difícil conseguir se entender com a
balança e o quanto pesa o olhar de reprovação dos que estão ao redor. Além do
risco de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, a obesidade também pode
provocar depressão. Em muitos casos, a depressão pode até ser a causa da
obesidade.
Para ajudar
às pessoas acometidas pela doença a entender a situação em que se encontram e
encontrar a cura, a indicação é que contem com acompanhamento psicológico, além
das outras especialidades médicas indicadas para cada caso. A análise é da
professora de Psicologia da Estácio Ponta Negra, Marianna Lucena.
Para a
especialista, a obesidade geralmente é vista como um desleixo, a sociedade não
encara como uma doença que pode e deve ser tratada. “As pessoas enxergam o
obeso como alguém negligente com a sua saúde e seu corpo. Mas nem sempre é o
caso. Este preconceito social, sentido pelo obeso, também pode ser um fator
para a ocorrência da depressão”, explica a psicóloga.
De acordo
com dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, a obesidade entre a
população brasileira cresceu em 60%. Passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em
2016, atingindo um em cada cinco brasileiros. O mesmo estudo revelou que em
Natal 19,8% da população está obesa, número acima da média nacional que é de
18,9%.
Os dados
integram a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde
em todas as capitais do país. O resultado
reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com
53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.
Segundo
estudo publicado em 2010 pela revista Archives of General Psychiatry, as
pessoas obesas têm um risco 55% maior de desenvolver depressão ao longo do
tempo em comparação com pessoas de peso dentro do padrão. Além do preconceito
social, fatores como alterações na química e função do cérebro em resposta ao
estresse, transtornos emocionais e padrões alimentares alterados, bem como o
desconforto físico em decorrência do excesso de peso, são conhecidos também por
promover a depressão.
Neste
contexto, a Psicologia pode ser uma aliada ao tratamento da obesidade. “Há uma
relevante importância do acompanhamento psicológico para pessoas acima do peso.
Elas podem descobrir razões psicológicas que desencadeiam a obesidade e
tratá-las na sua origem”, destaca Marianna.
Ela
acrescenta ainda que o ideal, é que o paciente que procura tratamento médico
para diminuição do peso, conte também com um acompanhamento psicológico.
Afinal, fazer dieta exige disciplina, mudança de hábitos e acompanhamento
adequado para que a almejada perda de peso seja alcançada e, o que é melhor:
seja mantida. [por assessoria de imprensa]
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