Por Annick
Beaugrand
[Médica Oncologista Pediatra – Casa Durval
Paiva e Professora Dep. Pediatria UFRN]
Leve,
Quase suave.
O ranger da
porta quebra o silêncio da concentração. A pequena, nos seus 104 cm, adentra o
consultório.
Sem dizer
qualquer palavra, puxa a cadeira e senta. Observa.
No silencio
permanecem.
Uma a
terminar seu relatório, a pequena a computar cada gesto, objeto, estrutura na
sala.
Resolve
quebrar o silencio: -"tia, vou para a policlínica, tomar a injeção da
perninha, mas depois eu volto, pois tem carnaval".
Questionada
sobre a fantasia: - "vou de frevo, falta só a sombrinha".
Entrega a
cabeça careca, a espera do beijo de despedida.
Seu sorriso
escondido pela mascara de proteção é revelado pelo olhar.
Com um gesto
da mão direita e uma piscada, a pequena encerra com leveza a breve conversa.
Quis comunicar sua agenda planejada à "tia".
A porta se
fecha.
Na sala vazia,
sem a pequena, fica a sensação que todo dia pode ter fantasia.
Enviado por:
Sandra Cerqueira - Assessora de Imprensa
Casa Durval Paiva (84) 4006.1600/
9981-3474/ 9622-4544
9981-3474/ 9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto
mais cedo, melhor!
Imagem pesquisa Google/Mônica Fuchshuber
Imagem pesquisa Google/Mônica Fuchshuber
0 comentários:
Postar um comentário