O Senado
aprovou nesta terça-feira (1º) parecer do senador Otto Alencar (PSD-BA)
favorável ao projeto de iniciativa da Câmara (PLC 24/2016) que reconhece o
rodeio e a vaquejada como manifestações culturais nacionais e patrimônios
culturais imateriais. A matéria havia sido aprovada pela manhã na Comissão de
Educação, Cultura e Esporte e seguiu em regime de urgência para votação no
Plenário. A proposição vai a sanção presidencial.
Na semana
passada, mais de 5 mil vaqueiros vieram a Brasília para um ato a favor da
vaquejada. Os manifestantes protestaram contra decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) que derrubou lei estadual do Ceará que regulamentava a vaquejada.
A decisão do Supremo tornou a prática inconstitucional. A mobilização, que
reuniu vaqueiros de todas as regiões do país, foi organizada pela Associação
Brasileira de Vaquejada e pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo
Quarto de Milha.
Durante a
discussão do projeto, o senador Garibaldi Filho (PMDB-RN) alertou que a
vaquejada é, hoje, sobretudo uma questão de sobrevivência econômica para parte
da população que sobrevive na zona rural. “A zona do semiárido convive com
dificuldades muito grandes em face da estiagem, de uma seca que já dura cinco
anos. A população está sem alternativas econômicas”, alertou o senador.
O senador
Garibaldi Filho destacou, também, estudo do historiador potiguar Luís da Câmara
Cascudo a respeito da vaquejada, que passou de festa mais tradicional do ciclo
do gado nordestino para uma exibição esportiva nas cidades. “A vaquejada é uma
alternativa para aqueles que ainda vivem na zona rural. Além de manifestação
cultural, ela proporciona um grande número de empregos”, completou Garibaldi. O
senador acrescentou que parte do Brasil não conhece a vaquejada. “Se conhece o
que ela representa, os que se manifestaram contra não teriam assumido essa
posição”, observou. [Por assessoria de
imprensa]
Foto de acervo relacionado à publicação
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