Maternidade Escola Januário Cicco realiza
roda de conversa para desmitificar tabus a respeito da sexualidade. Jovens e
adultos participam para esclarecem duvidas e debater tópicos atuais ligados ao
contexto
A
Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (MEJC-UFRN) oferece ao público da XXII Semana de Ciência, Tecnologia e
Cultura (CIENTEC) uma roda a respeito do tema “sexualidade”. O objetivo não é
somente abordar a saúde em si, mas também a questão social que envolve essa
temática, como as questões de gênero e o empoderamento feminino.
Usando uma
roleta, em que uma seta aponta para um assunto que passa a ser discutido com as
pessoas presentes e depois perguntas são feitas para serem respondidas e
esclarecidas, a equipe da MEJC aborda conteúdos atuais, a exemplo as doenças
sexualmente transmissíveis, os métodos contraceptivos, a sexualidade e como a
pessoa se vê sexualmente, as relações tanto heterossexuais como homossexuais e
a violência.
A psicóloga
responsável pela roda de conversa, Janice Queiroz, explica que a Maternidade
traz vários segmentos sociais com um público bastante diversificado no estande
que explora levar à uma instrução melhor. “Nós conseguíamos captar o
conhecimento prévio que a pessoa tinha e conversávamos sobre os assuntos,
trazendo novos conceitos e empoderando adolescentes e adultos sobre a questão”,
clarifica.
A equipe da
MEJC ainda está distribuindo preservativos tanto masculino quanto o feminino –
e ensinando como se utiliza corretamente –, novidade para muitos. “É bastante
interessante mostrar esse método contraceptivo, visto que a maioria das
pessoas, tanto menino quanto meninas não conheciam ou nunca tinham usados a
camisinha feminina”, revelou Janice.
Jaciane
Patrícia, assistente social, explana que com essa roda de conversa,
esclarece-se dúvidas e a importância do conhecimento dos direitos. Em se
tratando da violência, existe uma rede de proteção e apoio às mulheres e
crianças violentadas. “Dentro da sexualidade, há violência. Focamos na
violência doméstica, um tipo de violência contra a mulher: a sexual. Diante de
tantas dúvidas, a gente tenta desmistificar e quebrar certos tabus”, esclarece.
Com o foco
na figura feminina, a equipe esclarece que muitas pessoas pensam somente na
violência sexual como o ato de penetração. “Não podemos esquecer que
aliciamentos, carícias, palavras também configuram o abuso sexual, porque até o
conceito de violência sexual é um conceito social”, explicita.
A atração do
estande também consiste em um cartaz exposto, com o título “quando lembro de
sexualidade, penso...”, cujo objetivo é induzir as pessoas a escreverem nele e
se expressarem quanto à sexualidade, como explica Jaciane: “é para as pessoas
colocarem como elas pensam na sexualidade com relação a elas e para expressarem
sua opinião quanto à sexualidade”. Ela ainda enfatiza que essa atividade propõe
uma reflexão nos indivíduos. “As pessoas externalizaram não só a questão
racional do conceito, e sim o emocional – o que eles sentem com a vivência dele
–, mostrando também os sentimentos e as revoltas perante os tabus da
sociedade”, completa.
João Pedrosa
Relações Públicas
Maternidade Escola Januário Cicco
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