Especialista alerta para os equívocos mais
comuns que se cometem na intenção de limpar o nome. Falta de planejamento e
atenção aos valores são os mais comuns
gráfico ilustrativo reproduzido da internet |
Com o
aumento do desemprego no Brasil, que supera 11 milhões de pessoas, e atrasos no
pagamento do salário, o endividamento da população tem crescido em grande
volume. Acostumados à facilidade do
crédito pessoal, o brasileiro teve maior acesso à aquisição de bens, mas não
consegue cumprir com seus compromissos financeiros. Segundo últimos dados do
Banco Central, o endividamento das famílias brasileiras com o sistema
financeiro permanece em mais de 40% - percentual considerado alto. Entretanto,
existem, sim, maneiras de sair do endividamento. Mas se não houver planejamento
e redução de gastos, é possível que o problema se torne ainda maior.
A falta de
planejamento de como será pago o valor negociado é uma dos principais erros de
quem pretende limpar o nome. “Não se pode assumir parcelas de quitação de
dívidas, sem que antes se tenha um controle financeiro para poder honrar as
parcelas”, alerta a professora de Contabilidade da Estácio Ponta Negra,
Lucilene Dias. Sabendo o valor real da dívida, incluindo os juros e multas, é
possível também fazer uma contraproposta à instituição a que se deve.
Segundo a
professora, as pessoas perdem a oportunidade de diminuir a dívida quando não se
posicionam como negociadoras. Caneta e papel na mão são essenciais neste processo.
“Em primeiro lugar devemos fazer um levantamento dos nossos gastos, e depois
das nossas despesas. Depois disso, devemos verificar, na ponta do lápis, o que
podemos cortar para uma possível sobra”, aconselha Lucilene. Essa “sobra” é
estritamente necessária para ter um parâmetro de uma futura prestação, sem
comprometer o orçamento.
A utilização
de empréstimo para sanar as dívidas é uma opção, mas uma das mais perigosas.
“Antes de tomar qualquer atitude neste sentido, veja com seus familiares se
existe a possibilidade de um empréstimo com algum deles sem pagar juros, se
não, opte pelo que oferece menos juros e, principalmente, analise se a
prestação cabe no seu orçamento”, acrescenta a professora.
Quando for
negociar com o banco ou outra instituição financeira, alguns cuidados são
importantes. “Deixe bem claro o seu interesse em quitar suas dívidas, mas
dentro das suas possibilidades financeiras”, coloca Lucilene. Atenção dobrada,
principalmente, à taxa de juros, caso a dívida seja parcelada. “Nessa negociação,
procure a taxa de juros menor possível, pois eles vão refletir nas suas
parcelas a longo prazo”, alerta. E atenção para a quantidade de parcelas. É
comum esticar o tempo para pagar a dívida, para ter um menor valor mensal. No
entanto, com a incidência de juros, o valor final a ser pago pode ficar muito
maior que a dívida real.
Conseguindo
sanar as dívidas, é hora de adquirir novos hábitos. Lucilene Dias indica que é
importante não adquirir novas compras, limitar o uso do cartão de crédito – ter
apenas um, de preferência. Mas o melhor mesmo é comprar à vista, e só quando
for possível, para assim, não lançar novos problemas financeiros para o futuro.
[por assessoria]
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