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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Finanças: Erros no momento da negociação podem piorar o endividamento

Especialista alerta para os equívocos mais comuns que se cometem na intenção de limpar o nome. Falta de planejamento e atenção aos valores são os mais comuns

gráfico ilustrativo reproduzido da internet
Com o aumento do desemprego no Brasil, que supera 11 milhões de pessoas, e atrasos no pagamento do salário, o endividamento da população tem crescido em grande volume.  Acostumados à facilidade do crédito pessoal, o brasileiro teve maior acesso à aquisição de bens, mas não consegue cumprir com seus compromissos financeiros. Segundo últimos dados do Banco Central, o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro permanece em mais de 40% - percentual considerado alto. Entretanto, existem, sim, maneiras de sair do endividamento. Mas se não houver planejamento e redução de gastos, é possível que o problema se torne ainda maior.

A falta de planejamento de como será pago o valor negociado é uma dos principais erros de quem pretende limpar o nome. “Não se pode assumir parcelas de quitação de dívidas, sem que antes se tenha um controle financeiro para poder honrar as parcelas”, alerta a professora de Contabilidade da Estácio Ponta Negra, Lucilene Dias. Sabendo o valor real da dívida, incluindo os juros e multas, é possível também fazer uma contraproposta à instituição a que se deve.

Segundo a professora, as pessoas perdem a oportunidade de diminuir a dívida quando não se posicionam como negociadoras. Caneta e papel na mão são essenciais neste processo. “Em primeiro lugar devemos fazer um levantamento dos nossos gastos, e depois das nossas despesas. Depois disso, devemos verificar, na ponta do lápis, o que podemos cortar para uma possível sobra”, aconselha Lucilene. Essa “sobra” é estritamente necessária para ter um parâmetro de uma futura prestação, sem comprometer o orçamento.

A utilização de empréstimo para sanar as dívidas é uma opção, mas uma das mais perigosas. “Antes de tomar qualquer atitude neste sentido, veja com seus familiares se existe a possibilidade de um empréstimo com algum deles sem pagar juros, se não, opte pelo que oferece menos juros e, principalmente, analise se a prestação cabe no seu orçamento”, acrescenta a professora.

Quando for negociar com o banco ou outra instituição financeira, alguns cuidados são importantes. “Deixe bem claro o seu interesse em quitar suas dívidas, mas dentro das suas possibilidades financeiras”, coloca Lucilene. Atenção dobrada, principalmente, à taxa de juros, caso a dívida seja parcelada. “Nessa negociação, procure a taxa de juros menor possível, pois eles vão refletir nas suas parcelas a longo prazo”, alerta. E atenção para a quantidade de parcelas. É comum esticar o tempo para pagar a dívida, para ter um menor valor mensal. No entanto, com a incidência de juros, o valor final a ser pago pode ficar muito maior que a dívida real.

Conseguindo sanar as dívidas, é hora de adquirir novos hábitos. Lucilene Dias indica que é importante não adquirir novas compras, limitar o uso do cartão de crédito – ter apenas um, de preferência. Mas o melhor mesmo é comprar à vista, e só quando for possível, para assim, não lançar novos problemas financeiros para o futuro. [por assessoria]
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