Especialista em economia recomenda
reconhecer o que é necessidade e o que é desejo, listar o orçamento e somente
depois planejar o que fazer
A segunda
parcela do 13º deve ser paga até o dia 20 de dezembro, o que para muitos
significa garantir as compras do Natal. Porém, segundo dados divulgados em
outubro deste ano pela Associação Nacional de Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac), a principal fatia do 13º deve pagar
gastos já contraídos: três de cada quatro brasileiros devem usá-lo para quitar
dívidas. O número revela um crescimento de 8,8% se comparado ao mesmo período
de 2014.
A
gratificação natalina, nome correto do popular 13º salário, ocorre uma vez no
ano e por isso não deve compor o orçamento mensal, de acordo com o professor
Jorge Alberto Medeiros, especialista em Economia da Estácio Zona Norte e
Romualdo. Para ele, é preciso reconhecer o que é necessidade e o que é desejo,
listar a
realidade
orçamentária e somente depois planejar o que fazer com a gratificação.
“Infelizmente
não temos a cultura do consumo planejado e até mesmo de guardar para consumir
depois. Não podemos dizer que existe uma regra para gastar, porém, cada um
precisa reconhecer sua capacidade de consumo e jamais ir além do que pode, como
também não enxergar apenas os gastos somente de curto prazo, mas também no
médio e longo, que são impactantes no orçamento”, orienta ele.
O consultor
sugere, no entanto, que se a pessoa tem condições de realizar algum desejo deve
fazer. “O consumo é salutar se for realizado de forma saudável para as
finanças”, pondera. Assim, trocar algum aparelho que já não está funcionando
bem (e pode estar causando gasto maior); trocar o veículo, se for oferecer mais
conforto e segurança; fazer uma viagem ou passeio desejado, de forma que você
retorne mais motivado para produzir mais e melhor; aplicar o recurso no
aprendizado e no conhecimento com forma de buscar novas colocações no mercado
de trabalho, são algumas das opções sugeridas pelo professor para utilizar o
13º.
Para as
famílias que já estão pensando no material escolar, o especialista indica que
gastar o salário extra nessas compras é uma excelente opção. “Sabe-se que nos
meses de janeiro e fevereiro, principalmente, esse tipo de produto sofre uma
elevação nos preços devido ao aumento da demanda por esses bens. A antecipação
pode ser considerada um consumo planejado, pois busca evitar um gasto maior e,
consequentemente, realizado na modalidade à vista, ainda tem a favor o poder de
barganha para angariar descontos”.
Investir,
para o economista Jorge Medeiros, continua sendo a melhor opção, principalmente
diante da situação econômica que o Brasil enfrenta. Porém, esse investimento só
deve ser realizado se o retorno for melhor do que outras atividades a serem
realizadas. Por exemplo, se a rentabilidade de uma aplicação financeira for
menor que os juros da dívida do cartão de credito, é melhor pagar a dívida do
que realizar a aplicação. [por Assessoria
de Imprensa]
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