NOTA À IMPRENSA
Ministério da Saúde investiga aumento de
casos de microcefalia em Pernambuco
O Ministério
da Saúde informa que está acompanhando a notificação e investigação dos casos
de microcefalia em Pernambuco desde o dia 22 de outubro, quando foi notificado.
Uma Equipe de Resposta Rápida às Emergências em Saúde Pública do Ministério da
Saúde - formada inicialmente por seis profissionais epidemiologistas – viajou,
imediatamente, para Recife para apoiar as Secretarias de Saúde do estado e dos
municípios nas investigações de campo. O fato também foi comunicado à
Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os
protocolos internacionais de notificações de doenças.
Até o dia
09/11, foram notificados 141 casos suspeitos de microcefalia em Pernambuco, em
44 municípios do estado. Em média, por ano, o estado registrava por volta de
dez casos. Nas crianças e nas gestantes, estão sendo realizados exames
clínicos, de imagem e laboratorial, conforme protocolo definido pelo Ministério
da Saúde e Secretaria de Saúde de
Pernambuco. É importante esclarecer que as investigações estão em andamento e,
até o momento, não há definição da causa do agravo, seja infecciosa ou não.
O Ministério
da Saúde recebeu também relatos dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte
sobre o mesmo assunto. Todas essas suspeitas estão sendo investigadas e contam
com o monitoramento de equipes do Ministério da Saúde.
Diante da
situação, o Ministério da Saúde declarou, nesta quarta-feira (11), Emergência
em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às
investigações. Trata-se de um mecanismo previsto em lei para casos de
emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de
prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
A
microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em
que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a
investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso,
os bebês nascem com perímetro cefálico
(PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito
de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas,
agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
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