Negros do Rosário de Caicó RN
Por Geraldo Anízio*
Foto acervo/poeta geraldo
anízio
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Grupo folclórico dos Negros do Rosário
de Caicó. Presença marcante do grande mestre Noé. À frente do grupo estava ele, a ordenar um espetáculo popular
de rua, e a exibir em salas de residências para os quais eram convidados a dançarem
a convite do dono da casa.
A troco da honra pela tradição das cantigas,
modas e
coreografias deixadas pelos antigos afrodescendentes é um cultura religiosa. Pessoas de gerações
passadas lembram-se do clube dos negros em frente ao Banco do Brasil de Caicó. O
Círculo Operário, outra célula cujo movimento se manteve até nosso dias.
Estritamente, os Negros do Rosário
devem-se os recursos habilidosos ao mestre Noé com as coreografias
mirabolantes! O trançado dos pés, o agachamento sacudindo as pernas e lançando
varas de um para o outro. Quando uma lança ou vara cai das mãos de um deles,
somente o bandeira pode apanhá-lo e devolver ao passista.
Para isso, requer muita resistência,
musicalidade e empenho ao som dos tambores rudimentares apertados com cintas de cordas num batuque emblemático que
só deles parecem ser.
Sem perder a tradição, todos os anos
organizam-se novos negros e aperfeiçoam-se nos passes coreográficos para
festejarem a santa padroeira dos negros.
Os mais antigos
trazem essa cultura na veracidade
longínqua da etnia africana, na mais pura simbologia popular na cidade de Caicó.
A foto acima, marca meados de 1960 a
70, os negros calçados de conga, tempo vividos aos mais simpatizantes
dessa cultura afro-brasileira.
*Com post na página do autor, neste período dos festejos em Caicó.
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