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domingo, 20 de setembro de 2015

A primeira bicicleta de meu último Sete de Setembro

Por João Bosco de Araújo
Jornalista boscoaraujo@assessorn.com  

Foto: acervo google/divulgação
Fez quinze dias do 7 de Setembro. Data importante da nossa pátria, independência, vida, celebração! Na adolescência, fez pouco mais de quarenta e cinco anos, momento de emoção, satisfação. Desfilar na nossa data magna, na escola do meu ginasial. Os ensaios nas ruas, disciplina, estética, ordem, civismo, aprendizagens, sonhos!         

Ao chegar à véspera da festa na rua, o ensaio geral da escola, também na rua. O pelotão onde estava inscrito era o dos ciclistas. Todos enfileirados, arrumados, em suas bicicletas. Não tenho a precisão, mas o total de estudantes seria em torno de 15, considerando-se três filas paralelas, ordenadas por grupos de cinco alunos.

Hora da concentração, ouvir a palavra do professor de educação física, toda a estratégia para o grande desfile. Aliás, todos os pelotões do educandário estavam atentos, com sua banda marcial em silêncio.

Nosso grupo de ciclistas era o abre alas do colégio. Estava pronto, preparado para iniciar o último ensaio para o dia sete. Surpreendentemente, o diretor da escola em sua simplicidade ordena, apontando em minha direção: “Você, venha pra frente”.

Quis o nobre educador que minha bicicleta fosse a primeira do grupo, puxando o pelotão. Não quis, balançando a cabeça, afirmando a negação da liderança indicada. Certamente, uma decepção para o nosso querido diretor - observei anos mais tarde -, numa época distante das chamadas inclusões sociais.

Minha bicicleta, uma mercksuisse, ano e modelo da década anterior,  presente de meus pais para ir estudar na escola – confesso -, estava bem conservada, apesar do apelido de ‘cambão’. A outra, do colega, a primeira da fila, último modelo da marca Monareta, brilhava em suas cores e beleza.

Nosso desfile no dia seguinte fora inesquecível, o primeiro e último de minha idade estudantil. Dispensado, nos anos seguintes acompanhava com o público nas ruas da cidade.

De nosso diretor, guardei àquela imagem marcada por sua grandeza. Professor Joaquim Soares Carneiro foi o segundo diretor do então Ginásio Estadual Joaquim Apolinar (GEJA), em Caicó.

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