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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Artigo destaca festa dos ex-alunos do Colégio Diocesano Seridoense

A festa para o colégio que a gente ama

Por Fernando Antonio Bezerra*

Foto do Colégio Diocesano Seridoense/Acervo
Acredito que a maioria tem boas recordações de sua fase estudantil. Em Caicó, muitas boas escolas formaram homens e mulheres, em diferentes gerações. Todas, a seu tempo e modo, devem ser celebradas, mas a lembrança de hoje prende-se a uma catedral da educação; templo de formação moral, de hinos de glória e de fé; o Ginásio, transformado em Colégio, de todos os seridoenses!

O Colégio Diocesano Seridoense, educandário fundado, no dia 1º. de março de 1942, por Dom José de Medeiros Delgado, tem um mistério próprio das obras que encantam. Há, de certo, uma atmosfera, em seus corredores e arcadas, de envolvimento, nostalgia e amizade, que marca os que por ali convivem. Para a invisibilidade de sentimentos, poucas explicações. Para o sucesso do empreendimento, muitas razões!
De início, pela credibilidade do fundador e por seu devotamento à consolidação da obra. Também, naturalmente, por seus Diretores. Evidentemente, os Diretores contaram com boas equipes, mas a liderança exercida por cada um, seguramente, equilibrou a caminhada e estimulou resultados. São devidas, portanto, homenagens a Mons. Walfredo Gurgel, Padre Manuel da Costa, Padre Sinval Laurentino, Padre Itan Pereira da Silva que, pela fé dos mais crentes, diante de Deus, são alcançados por nosso preito de gratidão. E, ainda: Padre José Celestino Galvão, dinâmico acariense que, além de dirigir o CDS, foi diretor do Instituto de Educação, em Caicó, e o Monsenhor Ausônio Tércio, ilustre seridoense, homem culto de vida simples, líder que conduziu o CDS de 1964 a 2015 e, bem vivo, é referência de mestre e pastor, no sertão potiguar. E, finalmente, o atual Diretor, Padre Francisco Costa, professor universitário, doutor em teologia fundamental e outros títulos acadêmicos que o credenciaram à missão de liderar o estimado Colégio nos próximos anos.

Uma crônica de Luis Dutra Borges, ex-aluno e ex-professor a quem muito admiro, com sua forma modesta, mas ricamente inteligente, resume bem o que é preciso dizer hoje: “a história do CDS é tão importante para nossa terra e para nossa gente, que para contá-la não é necessário apenas ter tido o privilégio de vivê-la, como é o caso, mas é preciso, sobretudo, ter o dom de saber escrevê-la, o que não é caso”. E acrescenta, com lapidar clareza: “O Colégio Diocesano Seridoense, pela forma, não impressiona a visão, mas pela função sensibiliza a razão. Ele é muito mais do que um monumento à beleza. Ele é um monumento à própria vida”.

De fato, antes GDS, hoje CDS, o educandário se tornou sinônimo de qualidade no ensino. Criou fama em todo o Estado e, também, na vizinha Paraíba.

De diferentes recantos chegaram alunos que, hoje, formados e exercendo carreiras profissionais em todo o Brasil, formam uma teia de amizade que transborda nos reencontros, especialmente, a cada mês de julho, no retorno ao Colégio, por ocasião da Festa do Ex-Aluno. “Voltam, sentindo que o espaço do mundo os distanciou, mas o perpassar do tempo não os separou e nem foi capaz de fazer esquecer o velho e querido Ginásio. Por isto eles voltam com a poeira dos mais diferentes caminhos, mas com o coração a tanger o mesmo sino da amizade e da gratidão”, escreveu o Padre José Celestino Galvão, no já distante ano de 1979, ao celebrar mais uma edição daquele tradicional evento.

A Festa tomou um novo rumo a partir de 1986, quando a Associação do Ex-Aluno passou a organizá-la e, junto dela, a articular uma estratégia de apoio ao Colégio e a estudantes que não podiam suportar o pagamento integral da mensalidade escolar. Conseguiu unir o útil ao muito agradável! A renda da Festa e de outras receitas da Associação são revertidas para bolsas que ajudam alunos - criteriosamente selecionados - a beberem na mesma fonte de formação que tantos outros beberam e se sentiram saciados diante da sede do saber.

A Festa do Ex-Aluno do Colégio Diocesano Seridoense, em 2015, por razões que a vida judicializada impõe, não ocorrerá nas dependências físicas daquele educandário. Apesar dos esforços feitos, a autorização final ainda não foi alcançada no âmbito dos que guerreiam contra incêndios e acidentes. Outros atores institucionais também estão envolvidos e não convém tratar aqui acerca de relatos técnicos sobre o assunto. A festa, enfim, mesmo com o empenho de muitos, será provisoriamente em outro local, todavia, o fato não pode inibir a celebração do reencontro e a alegria de saudar uma história que é de pioneirismo e que, fazendo o bem, permeia a vida de multidões.

“Companheiros, unidos, cantemos
Nossos hinos de glória e de fé.
Estudando na vida seremos
Brasileiros altivos de pé”.

*Fernando Antonio Bezerra é potiguar do Seridó / com post exclusivo na página do Bar de Ferreirinha.


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