Por Eduardo Gosson (*)
[Do Cotidiano eu faço crônicas – IV]
No alto Oeste potiguar,
precisamente fazendo as cidades de
Umarizal, Apodi, Itaú, Martins e
Portalegre viveu no século passado
ADELSSON BARRETO, meu sogro, que era dentista de profissão mas, tinha
uma peculariedade: “se é governo, sou contra”. De estatura média para
baixo era casado com Maria Zeneide de
Meneses e foi pai de oito filhos: (mulheres) Sandra, Suely, Sânzia e Edinha;
(homens) Roberto, Abraão, Barreto e Paulo. De temperamento agitado era o oposto
da esposa.
Na década de 50 foi Vereador
na cidade de Itaú-RN por um mandato.
Iniciada as Campanhas políticas colocava os seus serviços profissionais para os políticos de oposição. Aí começava as
estórias maravilhosas que fazem parte do anedotário potiguar:
- Seu ADELSON, aquela chapa que o senhor fez para
mim não prestou ...
-Engano seu querida, a
sua boca foi que entortou.
De outra vez uma
eleitora reclamou dizendo que ele não tinha feito à prótese dela:
-Engano, minha filha. A
sua chapa está dentro daquele saco que está em cima da mesa. Vá experimentando
até você encontrar a sua.
Alma de camponês nunca
quis trocar o campo pela cidade. Achava, como o poeta português Cesário Verde,
que “Deus fez os campos, o diabo as
cidades”.
Aos oitenta anos levou
uma queda e veio para o hospital ITORN, em Natal. Nunca mais voltou para a sua
UMARIZAL. Hoje repousa debaixo de
um pé de cajueiro no cemitério de São
Gonçalo do Amarante/RN.
Eu não sabia que doía
tanto!
(*) é Poeta.
- Com post também na página de Luiz Gonzaga Cortez
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