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domingo, 22 de março de 2015

Crônica: Adelson Barreto, um dentista diferente

Por Eduardo Gosson (*)
[Do Cotidiano eu faço crônicas – IV]

No alto Oeste potiguar, precisamente fazendo as cidades  de Umarizal, Apodi, Itaú,  Martins e Portalegre viveu no século passado  ADELSSON BARRETO, meu sogro, que era dentista de profissão mas, tinha uma peculariedade: “se é governo, sou contra”. De estatura média para baixo  era casado com Maria Zeneide de Meneses e foi pai de oito filhos: (mulheres) Sandra, Suely, Sânzia e Edinha; (homens) Roberto, Abraão, Barreto e Paulo. De temperamento agitado era o oposto da esposa.

Na década de 50 foi Vereador na cidade de Itaú-RN  por um mandato. Iniciada as Campanhas políticas colocava os seus serviços profissionais  para os políticos de oposição. Aí começava as estórias maravilhosas que fazem parte do anedotário potiguar:

- Seu  ADELSON, aquela chapa que o senhor fez para mim não prestou ...
-Engano seu querida, a sua boca foi que entortou.

De outra vez uma eleitora reclamou dizendo que ele não tinha feito à prótese dela:
-Engano, minha filha. A sua chapa está dentro daquele saco que está em cima da mesa. Vá experimentando até você  encontrar a sua.

Alma de camponês nunca quis trocar o campo pela cidade. Achava, como o poeta português Cesário Verde, que  “Deus fez os campos, o diabo as cidades”.

Aos oitenta anos levou uma queda e veio para o hospital ITORN, em Natal. Nunca mais voltou para a sua UMARIZAL. Hoje repousa  debaixo de um  pé de cajueiro no cemitério de São Gonçalo do Amarante/RN.

Eu não sabia que doía tanto!

(*) é Poeta.

- Com post também na página de Luiz Gonzaga Cortez
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