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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Costumes que ainda se podem ver no Sertão

AS COISAS LÁ DO MEU SERTÃO
 
Versos de Geraldo  Anízio*
 
Foto: Anailza Viola/Hoje é dia de feira!
Onde  houver uma  obra nesse  Planeta
Há um operário filho do Nordeste
Enfrentando a fome e lástima  da peste
Nosso  mundo  gira  como  carrapeta
 
Quando a coisa, meu amigo, fica  preta
O  homem fica  deslocado  em desatino
A  lição da  vida o mundo  nos  ensina
Secam rios, enchem mares pelo chão
Nem que eu morra de seca no sertão
Mas não largo o meu povo nordestino. (...)
 
 
PASSADIÇO
 
Tu sabe o nome disso?
 
Foto: blog ivanildo show
No sertão do Seridó, é o que mais se vê pelas passagens de um cercado para  outro. O  passadiço é passagem  obrigatória a quem faz caminho principalmente por atalhos, levando o sertanejo por um caminho mais curto, cujo obstáculo, animal grande como o boi, vaca, cavalo ou jumento, não consegue violar.
 
A foto mostra um passadiço em pleno semiárido sertanejo, feito com forquilhalhas de juremas grossas. O passadiço evita também que as  pessoas usem cercas de arames farpados, para isso, segue-se sempre o caminho por entre matos secos até o ponto indicado por quem já sabe do rastreado dos pés.
 
 
CASA DE TAIPA É UM LAR DOCE LAR
 
Foto: facebook caicó, minha terra, minha gente
Uma casa simples sem muito apetrecho arquitetônico, naturalmente pela moldura rústica do popular e rupestre pelo seu lugar. Não é mansão nem apartamento de cobertura, é uma casa capaz de comportar nos vãos dela, uma família que tão singularmente chamamos de lar. A contiguidade das relações beleza e autenticidade, esbanjam na sublimidade do viver natural entre objetos comuns para uma vida natural. Portas e janelas escancaradas, abertas a luz do sol.
 
 
PETISQUEIRO EM PAREDE DE TAIPA
        
Em casa  de  pobre, as panelas são guardadas e dependuradas nas paredes. Nas casas mais pobres, em que pouco se vê móveis pela casa! A casa é de taipa, piso de barro, janelas pequenas, duas portas: uma de entrada, outra, saída. Os armadores de redes ainda são feitos de madeira cumaru enfiados na parede. Coisas   simples, singelas e de bom agrado. Pode-se sempre haver nem que seja um prato de feijão, batatas e tacos de rapaduras no almoço. Quatro tamboretes debaixo da mesa e potes com água de beber. Mais o que chama mais atenção são as panelas expostas de forma caseira, sem pretensões de luxo, porém, com o zelo do brilho vendo a cara no fundo das panelas.
 
*Textos com post na página do seridoense Geraldo Anízio, radicado em Rondônia.
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