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domingo, 21 de setembro de 2014

Artigo do jornalista Walter Medeiros sobre sua participação no Festival de Folclore da Escola Municipal Celestino Pimentel

Entrei no folclore

Walter Medeiros*

Foto: Divulgação
Sábado à tarde - das 16:00 às 18:00 horas - participei do Festival de Folclore da Escola Municipal Celestino Pimentel. Foi uma Bela festa. Convidado pela professora Nadja Lira, falei sobre literatura de cordel. Pais e mães compareceram para assistir apresentações elaboradas pelos seus filhos e orientadas pelos professores daquela instituição. Um belo espetáculo, com encenações, danças, recital e exposições de arte. Um colorido memorável, que demonstra a dedicação e o carinho dos professores, servidores e clientela daquela escola pública de Natal.

Diante daquela grande festa passou aquele filminho de vida, no qual veio a lembrança de que acompanhei o nascimento e evolução da Cidade da Esperança. Em 1964 era um sacrifício atravessar as dunas para chegar a cada lugar. Comecei a frequentar a Cidade da Esperança em 1964, porque a minha prima Eunice (Nicinha) morava em frente ao terreno onde hoje é o Ginásio Antônio Alves Correia. Os moradores antigos sabem que quem chegou nos primeiros anos do conjunto sofreu muito.

Já nos anos 70, ia frequentemente estudar com amigos lá pela quadra 36, entre eles Luiz Laércio da Silva, que seguiu sua carreira na Escola de Especialistas da Aeronáutica. Naquela época começavam a surgir equipamentos comunitários e aquele conjunto recebeu o primeiro  Centro Social Urbano - CSU do Brasil. Aí foram aparecendo sempre oportunidades de ir ou passar por lá.

Como jornalista, vez por outra precisava fazer matérias na 8ª Delegacia de Polícia, que ficava também perto do ginásio. Vizinho ficava o Intermuncipal, clube que realizava tradicionalmente o Carnaval e festas semanais, as quais tive oportunidade de fazer cobertura e participar com colegas radialistas.

A Cidade da Esperança tem muita coisa prá contar. Hoje é um bairro politizado e com um grande comércio, além do movimento que foi gerado pelo Terminal Rodoviário, inaugurado nos anos oitenta, bem como pelo Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN, que também  mudou-se para aquela área há décadas.

O amigo Juracir Batista, que morou naquele bairro por várias décadas, assegura que a Cidade da Esperança foi o primeiro conjunto habitacional construído na Cidade do Natal. E informa que somente por volta de 1993 seria oficialmente reconhecido como um bairro. Sua criação se deu no governo Aluízio Alves, através da Fundação de Habitação Popular – FUNDHAP. A construção durou de 1964 a 1966.

Uma das professoras observava as apresentações e garantia que aquela promoção é sempre marcante na vida dos estudantes, seus familiares, professores e funcionários da escola. Acho que ela fez uma leitura correta daquela momento, ao mesmo tempo em que percebe-se que o Festival promove uma forte sintonia entre as mais variadas manifestações culturais e o dia a dia de todos os participantes.

Ao ver aquelas dezenas de jovens e crianças desfilando sua arte e cultura com todo entusiasmo, interesse e qualidade, sinto cada vez mais a certeza de que o futuro guarda melhores dias para a nossa população. Para tanto, pelo menos no âmbito da escola, basta não deixar faltar o suficiente para o seu funcionamento regular. Tendo isso, o resultado com certeza será a confirmação da máxima de Edigard Morin, segundo a qual na transdisciplinaridade o total é mais que a soma das partes.

*Jornalista
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