Izabella Teixeira vem para a inauguração do
Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas, da UFRN. Na
ocasião, O professor Magdi (foto) lançará a obra "Biotecnologia Aplicada -
Metodologia e Resultados".
Fotos: Adriana Amorim/Divulgação
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Nesta segunda-feira, 10
de fevereiro, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) receberá a
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para a inauguração oficial do
Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas (LABCEN). O
evento terá início às 9h30, no próprio prédio (localizado em área externa do
Centro de Biociências), contando ainda com a presença do presidente da EMPARN,
José Geraldo Medeiros, do superintendente do IBAMA, Avamar Costa, do promotor
do Meio Ambiente João Batista e de outras autoridades, além do coordenador do
laboratório, professor Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa, Doutor em Biologia e
Fisiologia Vegetal pela Universidade Pierre & Marie Curie VI, França. Na
ocasião, Magdi lançará a obra "Biotecnologia Aplicada - Metodologia e
Resultados", uma reunião de projetos coordenados por ele no período de
2005 a 2009.
O LABCEN iniciou suas
atividades há dois anos e, embora ainda sem inauguração oficial e driblando os
obstáculos da burocracia, tem sido um mecanismo de extrema importância quando o
assunto é preservação de espécies nativas - sobretudo as ameaçadas de extinção
- e recuperação de áreas degradadas, a exemplo da Caatinga, bioma exclusivo do
nordeste brasileiro, que encontra-se muito perto da desertificação.
Além de preservar a
diversidade de florestas e outros ecossistemas brasileiros, o principal objetivo
do laboratório é funcionar como um banco de germoplasma, fornecendo plantas
clonadas e geneticamente melhoradas para projetos de reflorestamento.
"Esse tipo de laboratório é utilizado quando se pretende manter plantas
para serem futuramente utilizadas no campo ou na própria natureza",
destaca Magdi Aloufa. Segundo o professor, no laboratório, são pesquisadas e
desenvolvidas técnicas de biotecnologia vegetal capazes de conservar até 40 mil
plantas em um espaço pequeno, por meio da micropropagação, clonagem e
criopreservação.
"Podemos armazenar
milhares de plantas em pequenos tubos sem correr o risco de destruí-las e, com
a criopreservação, conservar recursos vegetais a -196 °C, por tempo
indeterminado", pontuou Magdi Aloufa, que nasceu no Egito e vive no Brasil
desde 1984, quando ingressou na UFRN como docente. Naquela época, Magdi foi
pioneiro na implantação dos estudos em Biotecnologia no Rio Grande do Norte.
Uma das atividades do
LABCEN é a doação à sociedade de mudas, principalmente de espécies ameaçadas de
extinção, como pau-brasil, aroeira e ipê roxo. “A cada ano, são doadas de 5 a
10 mil mudas, mas podemos doar muito mais, fazendo valer a essência da
universidade, que é envolver a sociedade em seus projetos. Porém, a falta de recursos
e de pessoas limita o nosso trabalho", enfatizou Magdi Aloufa, ressaltando
que qualquer pessoa ou entidade interessada no plantio de mudas pode procurar o
laboratório. "Só temos que ter a garantia de que essas mudas serão
plantadas e cuidadas".
Mais sobre o LABCEN
- Linhas de pesquisa
. Biotecnologia de
conservação de espécies vegetais nativas
. Bioclimatologia
. Estudos em cultura de
tecidos vegetais
. Micropropagação
. Polinização in vitro
. Seleção in vitro de
plantas resistentes aos fatores bióticos e abióticos
- Consultorias
. Programas de
reflorestamento de áreas degradadas
. Instalação de
laboratórios comerciais e produção de mudas
. Produção comercial de
mudas de espécies frutíferas
. Elaboração de projetos
agrícolas na área de biotecnologia
. Projetos de plantações
em áreas desérticas com tamareiras
. Plantações em áreas
áridas e semiáridas
. Capacitação de
investimento e viabilização de projetos
- Cursos oferecidos
. Cultura de tecidos
vegetais
. Biotecnologia vegetal
. Micropropagação
. Técnicas de bonsai
. Paisagismo
. Reprodução de
orquídeas
Sugestões de ganchos:
* Com base em
observações via satélite, Natal perdeu em 30 anos cerca de 30% de sua cobertura
vegetal. Quais as consequências disso para as grandes cidades, em especial
Natal? Como driblar essa perda?
* Durante a gestão da
prefeita Micarla de Sousa (PV), um projeto de arborização foi iniciado, em
parceria com o LABCEN, mas foi bruscamente interrompido ao terceiro mês. Nesse
período, foi possível mapear a cobertura vegetal in loco de apenas cinco dos 47
bairros da cidade. Qual a importância desse projeto para a cidade?
* O único motivo forte
para que uma árvore seja derrubada é apresentar risco de cair. Para um
diagnóstico preciso, faz-se necessário buscar orientação de quem entende. O
LABCEN presta esse serviço. Como diagnosticar?
* Com a desertificação
da Caatinga, o êxodo rural será inevitável, provocando inúmeros problemas
sociais e ambientais. Que medidas podem ser adotadas para evitar isso?
* O LABCEN tem parceria
com o projeto "Carnaúba Viva", cuja árvore está em processo de
extinção. O objetivo é o estudo e o replantio da planta. O que é o projeto?
Quantas árvores já foram replantadas?
* A burocracia tem
afetado alguns trabalhos do LABCEN, inclusive com a perda de diversas mudas, e
sua própria evolução/ampliação. Que problemas são esses?
CONTATOS PARA ENTREVISTAS:
Magdi Aloufa - 84
9982-6569 / magdialoufal@gmail.com
Adriana Amorim
Assessoria voluntária
84 8788-9624
[aadeamorim@gmail.com]
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