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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Ministra do Meio Ambiente visita o RN nesta segunda-feira

Izabella Teixeira vem para a inauguração do Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas, da UFRN. Na ocasião, O professor Magdi (foto) lançará a obra "Biotecnologia Aplicada - Metodologia e Resultados".

 
Fotos: Adriana Amorim/Divulgação
Nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) receberá a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para a inauguração oficial do Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas (LABCEN). O evento terá início às 9h30, no próprio prédio (localizado em área externa do Centro de Biociências), contando ainda com a presença do presidente da EMPARN, José Geraldo Medeiros, do superintendente do IBAMA, Avamar Costa, do promotor do Meio Ambiente João Batista e de outras autoridades, além do coordenador do laboratório, professor Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa, Doutor em Biologia e Fisiologia Vegetal pela Universidade Pierre & Marie Curie VI, França. Na ocasião, Magdi lançará a obra "Biotecnologia Aplicada - Metodologia e Resultados", uma reunião de projetos coordenados por ele no período de 2005 a 2009.
 
O LABCEN iniciou suas atividades há dois anos e, embora ainda sem inauguração oficial e driblando os obstáculos da burocracia, tem sido um mecanismo de extrema importância quando o assunto é preservação de espécies nativas - sobretudo as ameaçadas de extinção - e recuperação de áreas degradadas, a exemplo da Caatinga, bioma exclusivo do nordeste brasileiro, que encontra-se muito perto da desertificação.
 
Além de preservar a diversidade de florestas e outros ecossistemas brasileiros, o principal objetivo do laboratório é funcionar como um banco de germoplasma, fornecendo plantas clonadas e geneticamente melhoradas para projetos de reflorestamento. "Esse tipo de laboratório é utilizado quando se pretende manter plantas para serem futuramente utilizadas no campo ou na própria natureza", destaca Magdi Aloufa. Segundo o professor, no laboratório, são pesquisadas e desenvolvidas técnicas de biotecnologia vegetal capazes de conservar até 40 mil plantas em um espaço pequeno, por meio da micropropagação, clonagem e criopreservação.
 
"Podemos armazenar milhares de plantas em pequenos tubos sem correr o risco de destruí-las e, com a criopreservação, conservar recursos vegetais a -196 °C, por tempo indeterminado", pontuou Magdi Aloufa, que nasceu no Egito e vive no Brasil desde 1984, quando ingressou na UFRN como docente. Naquela época, Magdi foi pioneiro na implantação dos estudos em Biotecnologia no Rio Grande do Norte.

Doação de mudas

 
Uma das atividades do LABCEN é a doação à sociedade de mudas, principalmente de espécies ameaçadas de extinção, como pau-brasil, aroeira e ipê roxo. “A cada ano, são doadas de 5 a 10 mil mudas, mas podemos doar muito mais, fazendo valer a essência da universidade, que é envolver a sociedade em seus projetos. Porém, a falta de recursos e de pessoas limita o nosso trabalho", enfatizou Magdi Aloufa, ressaltando que qualquer pessoa ou entidade interessada no plantio de mudas pode procurar o laboratório. "Só temos que ter a garantia de que essas mudas serão plantadas e cuidadas".
 
Mais sobre o LABCEN
- Linhas de pesquisa
 
. Biotecnologia de conservação de espécies vegetais nativas
. Bioclimatologia
. Estudos em cultura de tecidos vegetais
. Micropropagação
. Polinização in vitro
. Seleção in vitro de plantas resistentes aos fatores bióticos e abióticos
 
- Consultorias
 
. Programas de reflorestamento de áreas degradadas
. Instalação de laboratórios comerciais e produção de mudas
. Produção comercial de mudas de espécies frutíferas
. Elaboração de projetos agrícolas na área de biotecnologia
. Projetos de plantações em áreas desérticas com tamareiras
. Plantações em áreas áridas e semiáridas
. Capacitação de investimento e viabilização de projetos
 
- Cursos oferecidos
 
. Cultura de tecidos vegetais
. Biotecnologia vegetal
. Micropropagação
. Técnicas de bonsai
. Paisagismo
. Reprodução de orquídeas
 
Sugestões de ganchos:
 
* Com base em observações via satélite, Natal perdeu em 30 anos cerca de 30% de sua cobertura vegetal. Quais as consequências disso para as grandes cidades, em especial Natal? Como driblar essa perda?
 
* Durante a gestão da prefeita Micarla de Sousa (PV), um projeto de arborização foi iniciado, em parceria com o LABCEN, mas foi bruscamente interrompido ao terceiro mês. Nesse período, foi possível mapear a cobertura vegetal in loco de apenas cinco dos 47 bairros da cidade. Qual a importância desse projeto para a cidade?
 
* O único motivo forte para que uma árvore seja derrubada é apresentar risco de cair. Para um diagnóstico preciso, faz-se necessário buscar orientação de quem entende. O LABCEN presta esse serviço. Como diagnosticar?
 
* Com a desertificação da Caatinga, o êxodo rural será inevitável, provocando inúmeros problemas sociais e ambientais. Que medidas podem ser adotadas para evitar isso?
 
* O LABCEN tem parceria com o projeto "Carnaúba Viva", cuja árvore está em processo de extinção. O objetivo é o estudo e o replantio da planta. O que é o projeto? Quantas árvores já foram replantadas?
 
* A burocracia tem afetado alguns trabalhos do LABCEN, inclusive com a perda de diversas mudas, e sua própria evolução/ampliação. Que problemas são esses?
 
CONTATOS PARA ENTREVISTAS:
Magdi Aloufa - 84 9982-6569 / magdialoufal@gmail.com
 
Adriana Amorim
Assessoria voluntária
84 8788-9624
[aadeamorim@gmail.com]
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