Na quinta-feira (3),
cerca de 40 mil trabalhadores dos Correios recebem as diferenças do reajuste de
8% referentes aos meses de agosto e setembro. Eles representam mais de 30% do
efetivo da empresa e fazem parte da base dos sindicatos do Rio Grande do Norte,
Rio de Janeiro, São Paulo/SP, Bauru/SP, Rondônia, Amapá e Tocantins, que
assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho — já protocolado pela empresa junto ao
Tribunal Superior do Trabalho (TST) com pedido de extensão aos demais
sindicatos. O pagamento das diferenças totaliza R$ 13 milhões e será feito por
meio de crédito bancário.
Em todo o país, 93,35%
dos empregados (116.191) trabalharam normalmente na terça-feira (1º). Entre os
empregados da área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e
transbordo), o índice de trabalhadores presentes é de 92,12%. O número é
apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Desde o início da
paralisação parcial, cerca de 15% dos grevistas retornaram ao trabalho. A
empresa já informou que irá efetuar o desconto dos dias parados dos
trabalhadores que continuam em greve, conforme prevê a legislação. No Rio
Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo/SP, Bauru/SP, Rondônia, Amapá e
Tocantins não há paralisação.
A rede de atendimento
está aberta em todo Brasil e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o Banco
Postal, estão disponíveis - com
exceção da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais
com paralisação deflagrada. A maior parte dos serviços de hora marcada foi restabelecida
em Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo (para postagem e entrega dentro do
próprio Estado).
Os Correios receberam na
última sexta-feira (27) uma contraproposta enviada por uma parte dos
representantes da Fentect. O impacto dessa contraproposta praticamente dobraria
o custo da proposta já aprovada por sete sindicatos. A ECT enviou
carta-resposta ontem à Fentect, dando conta que o assunto encontra-se no âmbito
do TST, aguardando o julgamento do dissídio para os próximos dias. Ao mesmo
tempo, outra parte da Fentect mantém as reivindicações anteriores, cujo impacto
é de R$ 31,4 bilhões (quase o dobro da previsão de receita dos Correios para
2013 e o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT).
A empresa aguarda o
julgamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que está marcado
para a próxima terça-feira, 8.
Dados adicionais
- a empresa empreendeu
todos os esforços junto à Fentect para fechar o acordo, mas neste momento não
ocorrem reuniões de negociação. A federação recusou-se a dialogar durante a
audiência de conciliação no TST e preferiu deflagrar paralisação parcial,
levando ao dissídio. Os Correios aguardam o julgamento pelo TST — o que não
impede, porém, que outros sindicatos aceitem a proposta oferecida pela empresa e
assinem o acordo.
- proposta dos Correios:
reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com
ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de
R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de
adesão ao Programa implementado pelo Governo Federal. O ganho real dos
trabalhadores dos Correios de 2003 a 2012 foi de 36,91% - acima da inflação. A
remuneração média do carteiro é de R$ 2,2 mil, considerando salário e
adicionais como anuênio, quinquênio e adicional de distribuição e coleta, entre
outros.
- todos os trabalhadores
têm benefícios como assistência médica, hospitalar e odontológica, inclusive
para dependentes.
- 65% da receita de
vendas da ECT vai para pagamento dos salários, benefícios e encargos.
- plano de saúde: os
Correios já asseguraram que todos os atuais direitos dos trabalhadores estão
garantidos - manutenção dos atuais beneficiários (inclusive pais do empregado
que já estão cadastrados), cobertura de procedimentos, rede credenciada e
percentual de compartilhamento. Não haverá nenhum custo adicional, repasse ou
mensalidade aos empregados.
- entrega matutina: a
ECT já assumiu o compromisso de ampliar a entrega matutina, hoje realizada em
três Estados.
- contratações: mais de
20 mil novos trabalhadores foram contratados do concurso público de 2011. A ECT
continua contratando normalmente, pois ainda há cadastro de aprovados na maior
parte do Brasil, com validade até 2014, e já trabalha na realização do próximo
concurso.
RN - ASCOM
[ascom-rn@correios.com.br]
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