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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Debate trouxe a Natal Elias Jabbour


Foto: Divulgação


Existe realmente o que ficou conhecido como “socialismo de mercado”? Há quantas anda o processo de desenvolvimento na China? O que seria o socialismo neste início de século XXI e como se conformaria essa transição numa formação social muito particular? Quais as principais referências teóricas a serem consideradas nesta discussão? Essas e outras questões foram debatidas na última quarta-feira, 7, durante o evento promovido pela Revista Pardal, com Elias Jabbour, na Biblioteca Central Zila Mamede, na UFRN.
 
Durante o encontro, o palestrante foi abordando alguns elementos para uma reflexão crítica sobre o socialismo chinês. ”A China não é um Capitalismo de Estado, como alguns colocam, até porque capitalismo de Estado não é nem modo de produção. A China é um país socialista com elementos capitalistas”, afirmou. Segundo ele, ”o mundo vive algo semelhante ao fim do Império Romano. Todo mundo sabia que acabaria, mas ninguém sabia o que viria depois. A subjetividade daquele momento era muito individualista, um salve-se quem puder. É exatamente o que acontece hoje, todo mundo identifica o fracasso do capitalismo, mas ninguém sabe o que virá”.
 
Questionado se os avanços sociais e econômicos alcançados pelos chineses serviriam de referência para o Brasil, ele respondeu que “o que a China faz hoje, o nosso país fez por 40 anos. Intervenção estatal na economia, crédito administrado pelo Estado… O Brasil foi o país que mais cresceu no século XX”.
 
Para Jabbour, “O socialismo é a superação da divisão social do trabalho (campo/cidade, trabalho manual/trabalho intelectual e indústria/agricultura)”. Ele considera “não é possível construir o socialismo numa sociedade atrasada. O socialismo tem que alcançar níveis de desenvolvimento semelhantes ao capitalismo para provar sua superioridade. Infelizmente, não é na moral, mas na produtividade do trabalho – que propicie a distribuição de renda – que provamos nossa superioridade”.
 
Ele criticou o papel da mídia e das elites nacionais no que se convencionou chamar de “crise dos tomates”. “A China projeta seu desenvolvimento econômico em períodos longos, de 50, 60 anos. No Brasil temos projeto de um mês. No nosso projeto, se o preço do tomate aumentar, interrompe o projeto e vai se resolver o problema do tomate”, afirmou.
Na ocasião, o autor lançou o seu livro “China Hoje – Projeto Nacional, Desenvolvimento e Socialismo de Mercado”. [Fonte: UJS Potiguar na internet]
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