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domingo, 2 de junho de 2013

Estiagem reduz produção de queijos no Seridó e estará em debate no encontro regional do setor, o "Enel"

A redução de 40% na oferta de leite diminuiu o ritmo produtivo de queijeiras e laticínios no Seridó. Contudo, produtores planejam ampliar mercado e valorizar produto.
Foto: Agência Sebrae/Divulgação
A seca que já dura dois anos no Rio Grande do Norte tem causado prejuízos em diversos setores da economia, principalmente agricultura e pecuária. A diminuição da oferta do leite tem afetado diretamente a produção de queijos e laticínios no Seridó, região que detém a maior bacia leiteira do estado. Ainda sem expectativa de chuvas, o sertanejo se preocupa cada vez mais com o nível dos reservatórios e a possibilidade de não criar pasto para os rebanhos, o que deve agravar mais ainda a mortandade das vacas.
 
As alternativas para retomar a produção de derivados de leite na região serão discutidas durante o XI Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel), que começa na próxima terça-feira (4), no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN).
 
A crise não afeta apenas os grandes. Pequenas queijeiras artesanais da região também passam pela escassez de leite e, consequentemente, redução da produção de queijos
 
Inspeção
 
A conquista do certificado do SIE ou do SIF (inspeção federal) é o que almejam alguns produtores de queijo da região, que estão substituindo a produção artesanal pela industrial. A possibilidade de fornecer o produto para grandes clientes, como redes de padarias e de supermercados, é o principal atrativo para o produtor que tem o selo. De acordo com o consultor do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Rangel, é necessário que todas as queijeiras passem por inspeções para o segmento se fortalecer e ficar mais competitivo.
 
Segundo José Rangel, os municípios podem criar ferramentas para facilitar o processo com foco nos pequenos produtores. “Participamos de uma comitiva que visitou Minas Gerais e conhecemos de perto a implantação de um Serviço de Inspeção Municipal. Para que isso ocorra, o município cria uma lei e faz suas especificações mínimas para as unidades que trabalham com alimentos, como questões higiênicas bem definidas, valorizando a qualidade do produto artesanal”, explica Rangel.
 
Na visão do consultor do Sebrae, a criação de um padrão de inspeção no município pode evoluir para a permissão da comercialização dos produtos além do território municipal. O tema será abordado no Enel, em um painel com a participação dos secretários municipais de agricultura de todo o Nordeste. Eles vão ouvir as principais reivindicações dos produtores e alternativas existentes que podem ser implantadas em âmbito municipal.
 
Os benefícios proporcionados pela criação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) vão além da garantia da qualidade microbiológica e nutricional dos alimentos. O trabalho pode envolver também a orientação aos produtores quanto à incorporação de novas tecnologias, melhoria genética do rebanho e das pastagens, cursos de capacitação e aprimoramento.
 
Indicação Geográfica-IG
 
A tradição da produção de queijo no Seridó também está provocando o debate pela busca do registro de Indicação Geográfica (IG) que é conferido a produtos característicos do seu local de origem. O objetivo principal é fortalecer o produto do Seridó e distingui-lo dos similares disponíveis no mercado. O assunto também será discutido durante o Enel. [Fonte: Agência Sebrae-RN] 
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