Tentaram
levar o marco do Morro Navio na manhã de ontem, 6.
O marco de concreto do antigo Serviço Geral Heliográfico
do Exército, chantado no topo do Morro do Navio, nas dunas de Pium,
Parnamirim/RN, foi alvo de tentativa de retirada do local onde se encontrava
desde 1942/43.
Na manhã de ontem, foi constatado que o marco do
Exército brasileiro foi violentamente arrastado por cerca de seis metros do
local do morro que estava com posição invertida, isto é, a parte do baldrame
estava para cima, conforme vídeos feitos em agosto/setembro de 2012 e que podem
ser vistos no Youtube.
O marco de concreto pesa mais de 500 quilos,
aproximadamente, mas foi danificado por cabo de aço e instrumentos cortantes,
haja vista que foram achados diversos pedras pequenas, em consequência das
pancadas desferidas do "obelisco". O marco tem baldrame com 40
centímetros de altura e base tem medidas
de 90 cms. por 70 cms.
O "buraco" da estrutura em que era
colocado o heliógrafo tem 12cms. de diâmetro e o marco 1,15 centímetros de
altura 47 centímetros de largura. Na face da posição em que foi encontrada
hoje, domingo, 7, tinha inscrições 1942 (parte superior), S.G.H.E. e 1943
(parte inferior). Mas a posição de hoje não era a de ontem.
Na manhã de ontem, segundo informações, uma turma de
curiosos foram levados ao local por pessoas da Fundação Rampa de Natal, que
chegaram ao Morro do Navio através de carros tipo "troler". Foram
vistos Augusto Maranhão, presidente da Fundação Rampa, o professor Werner
Barros Spencer (que seria o autor de Estudo de Impacto Ambiental no qual
informa que a área é estéril arqueológica e historicamente, sem nenhum marco
histórico, etc), um guia e Leonardo Dantas, assessor de imprensa.
Gustavo Maranhão, no seu twitter, informou ontem que
tinha participado de uma expedição na manhã de sábado e que fará outra no
próximo sábado à praia de Touros. Maranhão informou ainda, no twitter, que
consultará o Exército Brasileiro o que pode fazer com o marco do Morro do
Navio: deixar lá ou levar. Maranhão é conhecido como colecionador. [por
Luiz Gonzaga Cortez em Natal em Pauta]
Analisando melhor, creio que a expedição da Fundação Rampa e o trilheiros da "Rapaziada Potiguar" estiveram no local e mexeram no pesado marco para examinarem a sua origem e as inscrições em um lado do objeto de 1.15 cms de altura, que pertenceu ao Serviço Geral de Heliografia do Exército, no período da II Guerra. Para tirar o marco do Morro do Navio será necessário um possante trator, pois o acesso é por trilha nas dunas. O acesso é fácil a pé e com motocicletas. Marco é histórico e pesa mais de 500 quilos.
ResponderExcluirEste marco ha mais de 10 anos ja esta no chao
ExcluirJose da Lenha Lins
Não seria Serviço Geográfico e Histórico do Exército?
ResponderExcluirÉ preciso esclarecer isso.
ResponderExcluirTodos os envolvidos com a descoberta desse marco estão interessados em sua preservação e com a sua identificação.
A peça estava enterrada e foi desenterrada há pouco tempo, porque uma pontinha da mesma estava exposta, o que aguçou a curiosidade sobre o que seria aquela peça de concreto ali no meio do nada.
Com o conhecimento da existência da mesma, fomos ao local junto com a Fundação Rampa, e para verificação de inscrições em todos os lados, viramos o marco com auxílio de corda e de pá, escavando embaixo da peça, a qual, pela gravidade, virou. Sem dano algum a peça.
De acordo com relatos de pessoas que visitam o morro há décadas, o marco tombou do pico do morro muitos anos antes do pessoal começar a fazer trilhas no local. Também foi relatado por pessoas que frequentam o morro há muitos anos, que no pico do morro havia duas maniilhas de concreto, com as aberturas voltadas para o céu. Essas manilhas não estão mais lá, encontramos apenas um pedaço de uma delas alguns metros abaixo.
É importante que acusações levianas não sejam feitas, principalmente porque é do interesse de todos, inclusive dos jipeiros, a preservação do ambiente e da História do nosso Estado. Não se pode passar para a população a falsa informação de que jipeiros são vândalos. Muito pelo contrário, nos grupos organizados de offroad, temos a presença de várias pessoas da sociedade profundamente ligadas a instituições que cuidam do patrimônio histórico e natural da nossa terra.
Outro esclarecimento: não houve planejamento de levar a peça embora. A idéia era justamente o contrário: através de um planejamento de movimentação segura de carga, levar o marco de volta para o pico. Uma contribuiçao com muita boa vontade, para a preservação e valorização do nosso patrimônio histórico. E com muito orgulho!
Por favor, informem a população! Não a confundam!
As inscrições estão todas em uma só face, e são as seguintes:
1942
S. G. H. E.
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Entramos em contato com o Exército Brasileiro para obter informações oficiais sobre esse marco. Até agora não tivemos resposta.
No topo do marco, cuja seção é quadrada, há um furo com diâmetro de 10 cm, e não 12 cm, o qual vai até o início do alicerce, ou seja, tem 115 cm.
A peça deve ter em torno de 1300 kg.