Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Aos 45 minutos do segundo tempo, gol da Argentina.
De placa e de fé. Já não bastava o futebol celestial de Messi no dia anterior
contra o Millan? Era pouco. Os hermanos emplacaram o primeiro Papa latino
americano de toda a história da Igreja. Da sacada, o cardeal anunciou o nome do
novo Papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio. Entre nós brasileiros, no
primeiro momento foi a frustração. Valia a corrente em favor do nosso Odilo
Scherer. Passado o primeiro impacto, Francisco conquistou a simpatia, a
esperança e o aprovo geral.
Acompanhei um grupo de cinco, dois católicos
convictos, dois nem tanto, e um silencioso. Entre a saída da fumaça branca e o
anúncio do eleito , os comentários se sucediam. Às vezes com palpites seguidos
dos argumentos. Outras vezes bem humorados. Num destes, falava-se em favoritos
e a sisudez das explicações foi quebrada com o comentário rápido: a sorte
desses cardeais é GaribaldI não ter feito a opção pela vida religiosa. Vitória
certa, um brasileiro potiguar sucessor de São Pedro. Todos riram e também
concordaram.
Momento do anúncio, um Papa argentino. A rivalidade,
por um momento apenas, aflorou. A figura do Cardeal Bergoglio chegou à sacada,
já com jeito de Papa e vestido de branco. Simpático, humilde. A figura e a
descrição de seu perfil nas reportagens da TV ajudaram à adesão imediata. Nem
se falava mais na Argentina. Houve até emoção e silêncio quando Francisco pediu
que a multidão rezasse por ele. O nome adotado pelo novo Papa ajudou na adesão.
Sozinho, depois, pensei: bem que a Argentina andava precisando de uma força
dessa. O Espírito Santo deve ter soprado nessa direção. Torço pelo papado de
Francisco.
*Texto
publicado na coluna
do jornalista no NOVO JORNAL
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