Por Flávio Rezende*
É
inegável caro leitor os prazeres decorrentes dos ingredientes comestíveis no
contato com os labirintos da boca, como igualmente são maravilhosas as
sensações sensoriais advindas da assistência de uma película bem feita, de um
jogo muito movimentado ou de um mergulho praiano ensolarado.
A vida
oferta sempre possibilidades de regozijo diante de tantas coisas que encaminham
nossas existências para alegrias e felicidades, a despeito de todos os
problemas que espreitam nosso caminhar.
Uma
dessas fantásticas fontes de êxtase interior encontra-se quando temos a
possibilidade de conversar com amigos, com familiares, com estranhos, mestres e
companheiros de jornada, seja como estudante, trabalhador ou integrante de
algum clube de serviço.
Muitas vezes, verbalizando nossas
opiniões sobre assuntos variados, externando posições, vamos percebendo a
variedade de palavras que empregamos, algumas até incomuns e, notamos às vezes,
a facilidade que temos de trazer a luz da fraterna audiência que nos cerca, a
nossa forma de ver o mundo.
Nesta troca de afagos verbais, curtimos a capacidade
que temos de, através da voz, comunicar nossas interioridades, causando a nós
mesmos um gostoso prazer e, dependendo da situação, impressionamos
positivamente a plateia ouvinte.
Para
que esse prazer obtido na verbalização de nossas opiniões em educadas e
respeitosas rodadas de conversações floresça, é preciso, claro, formar uma base
e, ela passa necessariamente pelo mundo das letras, pela leitura edificante,
pela educação que inclua o abraço as grandes obras, munindo nosso ser de
respeitável domínio das expressões e suas significâncias, nos treinando desde
cedo nas mais saudáveis construções idiomáticas, incutindo em nossa mente
sempre receptiva neuronicamente a conexões intelectuais, as melhores maneiras
de transmitir conhecimento adquirido com elegância, excelência e escolha
correta das palavras que, contextualizadas adequadamente, promovem uma energia
excitante, que eletriza plateias e, conduz o detentor desta arte de perfeita
expressão pessoal, a galgar degraus no direcionamento de sua vida em qualquer
área que decidiu seguir.
Eis,
portanto, uma boa maneira de tornar a vida mais interessante, começar cedo a
amar os livros, conhecer sua língua e a de outros países, buscar a compreensão
das palavras marginais à cultura da grande massa e, detendo o conhecimento
adquirido com a ausência de timidez, oferecer a todos que terão o prazer de
contigo partilhar proveitosa conversação, o mundo mágico da ideia bem colocada,
da frase de efeito que encanta e do argumento que fecha o diálogo, tornando
todos os partícipes do mágico momento, diplomados na universidade dos bons
papos.
Para
quem se deleita com o mundo das letras e das verbalizações edificantes, prazer
maior não há.
*É escritor, jornalista e
ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)
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