A TEIMOSIA DA CHANANA
Foto:Divulgação
|
Em minhas caminhadas na praia de Cotovelo, sempre me
chamou à atenção, a persistência ou teimosia de uma flor silvestre, que
permanentemente se multiplica nos terrenos baldios da comunidade praiana - é a
"Chanana", que tem o nome científico de tunera guynensis ou turnera
ulmifolia.
Pois bem, e o que tem isso de tão importante a
merecer um comentário nestas minhas Cartas de Cotovelo? Respondo que,
primeiramente, ela traz uma beleza rústica ao lugar e em complemento, vem
merecendo pesquisas nos centros universitários, com maior destaque para a
Professora, Doutora Terezinha Rego, da UFMA, que há cerca de duas décadas vem
trabalhando para descobrir a sua utilidade para fins medicinais, com resultados
já proclamados no tratamento coadjuvante da aids e do câncer.
A chanana é presença constante nas ruas, avenidas,
canteiros e terrenos baldios de várias cidades nordestinas, cujo clima propicia
a sua reprodução, com uma capacidade incrível de suportar as intempéries, hibernando
no inverno e ressurgindo vigorosa quando das estações governadas pelo sol.
Foi constatado que o extrato da Chanana tem sido
utilizado por pessoas enfermas dos males referidos, principalmente após as
sessões de radioterapia e quimioterapia, onde a tintura começou a ser ingerida,
como método de tratamento alternativo, havendo a constatação da diminuição de
sensação de mal estar e ânsias de vômito que a radioterapia e a quimioterapia
causam.
Relata-se, ainda, que o uso do extrato vem
auxiliando na recuperação do sistema imunológico dos pacientes do vírus da
aids, reduzindo diarréias, pneumonias, dores musculares, alergias.
“A utilização dos fitoterápicos no tratamento não
resultam na cura do câncer, mas refletem no aumento da disposição dos pacientes
em relação ao lazer e também na diminuição dos efeitos colaterais de remédios
usados no tratamento”, adverte a pesquisadora.
Estamos, assim, com oferta da natureza para o
socorro das pessoas doentes a custo "zero", sendo suficiente que
existam pessoas abnegadas, como a mestra Maranhense e vontade política dos
gestores públicos.
Por enquanto filio-me ao trabalho de divulgação,
fazendo coro com os professores potiguares Geraldo Batista e Diógenes da Cunha
Lima, que vêm dando atenção à "chanana".
Não custa nada aos nossos novos Prefeitos reservarem
em suas cidades um canteiro para manter exuberante a flor silvestre, que
somente se apresenta florida nas manhãs, fechando-se no ápice do sol, para
somente reabrir no próximo raiar do sol.
*Texto
com postagem na página Natal
em Pauta
0 comentários:
Postar um comentário