Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Ano passado, depois do sufoco, do cansaço, do calor
de dezembro e dos gastos, me prometi: em 2012 tudo será diferente. Não haverá
corre-corre, existirá mais planejamento. Juro, não deixarei os presentes para a
última hora (de nada vale aquela história de que “não valorizo essas coisas”,
acabamos todos farinha do mesmo saco); juro também que a roupa nova já estará
comprada em novembro, aproveitando a promoção das peças mais antigas por conta
dos lançamentos que estão chegando; muito cedo passarei na Xô Xulé para dar o
trato naquele sapato para deixá-lo novinho.
O vinho (no Natal merecemos tomar aquele vinho que o
bom vendedor nos convence dizendo que tem excelente custo-benefício) estará
escolhido no comecinho de dezembro; por esses dias também pedirei à mulher que
me passe a relação dos ingredientes do jantar, que será imediatamente
providenciada. Terei tempo e folga para pesquisar os melhores preços. Ali pelo
dia 20 de dezembro, tudo devidamente em seu lugar, zombarei dos amigos que
estarão no corre-corre das últimas horas, contando o tempo, desejando que o dia
tenha mais que 24 horas. E eu no bem-bom. Em 2011 jurei solenemente que tudo
isso aconteceria no final do ano que estava por chegar.
O ano chegou, dezembro chegou, o Natal está
entrando. As juras? Todas quebradas. Ainda não ouvi o vendedor dizer que tal
vinho é o de melhor custo/benefício, não mandei fazer a lavagem do sapato, as
promoções das lojas acabaram faz tempo e não tenho a roupa nova para vestir na
noite feliz; a dispensa não guarda ainda os ingredientes do jantar e dos
presentes sequer a relação eu fiz. Estou contando as horas e acho que terei
pouco tempo para tanta coisa a providenciar. Depois de mais este sufoco, eu
prometo: em 2013 tudo será diferente. Juro.
*Texto
publicado na coluna
do jornalista no NOVO JORNAL
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