Por Paulo Tarcísio Cavalcanti*
Jornalista
▶ tarcisiocavalcanti@bol.com.br ▶http://ptarcisio.blogspot.com
Logo depois do fechamento das urnas do segundo
turno, em Natal, o prefeito eleito, Carlos Eduardo Alves, proclamou:
– A única certeza que tenho com relação ao meu
futuro político é de que, em 2016, serei candidato à reeleição.
Estaria Carlos colocando o carro diante dos bois?
Ou dando uma demonstração explícita de
auto-suficiência, projetando-se para 2016, na convicção de que realizará uma
administração consagradora?
Não vou botar a mão no fogo, mas prefiro optar por
uma terceira possibilidade: De propósito, preferiu sair pela tangente.
Afinal, depois de uma campanha repleta de “chega prá
lá”, especialmente no 2º turno, cujos votos acabavam de ser apurados, mandava a
prudência evitar cair em provocação.
Naquele momento, uma palavra sobre 2014, como
queriam os repórteres, poderia basear-se nas cicunstâncias politico-eleitorais
da campanha recém-terminada e que, supostamente, teria deixado muitas
cicratrizes.
E a realidade é que, embora 2014 esteja em cima, até
lá ainda tem bastante água para passar por baixo da ponte.
Claro: os que pretendem ser personagens, já estão
arquitetando, projetando, articulando, em suma: se mexendo. Mas, sabem que, até
2014, existem definições que extrapolam os limites deste pequeno Rio Grande do
Norte, pois, primeiro, precisam passar pelos interesses de cada partido a nível
nacional.
Quais serão os candidatos à presidência da
República? O PT vai unido para a reeleição da presidente Dilma? Qual o reflexo
que as composições acertadas para o âmbito nacional terão no âmbito estadual? O
ministro Joaquim Barbosa vai manter a palavra de não querer envolver-se em
política partidária ou vai se render aos apelos dos que gostariam de vê-lo como
a “bandeira” da mudança?
E isso acontecendo? Que consequência terá? Na
teoria, tudo bem, sem dúvida, uma bomba; mas, e na prática, em que poderá
resultar?
E aqui no RN? O marasmo vai persistir? Teremos em
2014 o mesmo “Tomé com Bebé” de todos os anos?
Quantos palanques entrarão na disputa? O PMDB terá
mesmo candidatura própria? A governadora topará disputar a reeleição?
Fátima Bezerra sairá para o Senado? A base do
Governo Dilma marchará unida na campanha estadual? Quem vai sobrar?
Enfim, 2014 está em cima, mas ainda faltam muitas
definições.
O certo é o seguinte: pra Carlos Eduardo ter algum
pitaco a oferecer, terá que estar fazendo uma grande administração. Bom pra
ele, é que Natal precisa torcer para que isso, de fato, possa acontecer
*Texto publicado na
coluna do jornalista no NOVO JORNAL
0 comentários:
Postar um comentário