Neste domingo (25) comemorou-se o Dia Internacional
do Doador de Sangue. A data chama a atenção no Brasil e no mundo para a
importância do doador voluntário de sangue. São pessoas que com simples gesto
de doar salva vidas a todo instante, afinal é pouco para quem doa e muito para
quem precisa. Entre janeiro e setembro deste ano, o brasileiro, conhecido por
seu espírito solidário, realizou 2,5 milhões de doações de sangue nos serviços
de hemoterapia do Sistema Único de Saúde (SUS) e privados conveniados. Em 2011
foram registrados 3,6 milhões de doações, resultado das coletas feitas pelo SUS
e por laboratórios privados.
Para incentivar cada vez mais esse crescimento, o
Ministério da Saúde tem realizado todos os anos campanhas em todas as mídias,
inclusive nas Redes Sociais. No final do ano passado foi criado o ‘Banco de Doadores virtual’,
no Facebook, que hoje conta com 8,4
mil voluntários cadastrados. O serviço é importante para os hemocentros,
principalmente para identificar os doadores de tipos sanguíneos raros. Também
devido à boa aceitação da população da atual campanha de doação de sangue: Essa corrente precisa de você. Doe sangue,
o Ministério da Saúde prorrogou sua veiculação para 2013, com reforço na
produção de materiais explicativos e na divulgação, com reforço nos meses de
junho e julho, períodos de baixa nos estoques de sangue.
A estudante Flavia Beatriz, 19 anos, moradora do
município de Arujá (SP), se cadastrou no início deste ano, no Banco de Doadores
virtual’. Ela conheceu o serviço a partir do convite de um amigo que curtiu a
página na internet. Para ela, o serviço torna o ato de doar sangue mais
presente na rotina das pessoas. “Nós sabemos da necessidade e da importância de
doar sangue, mas na correria do dia a dia, acabamos nos esquecendo de realizar
esse ato tão importante. Precisamos criar o habito de doar”, afirma Flavia. Ela
conta que teve sua primeira experiência em um hemocentro quando tinha 18 anos.
Sua vontade de doar também influenciou sua irmã e amigos, iniciando uma
corrente de solidariedade.
COMO DOAR
O primeiro passo para quem quer doar é procurar um
hemocentro mais próximo. É importante que a população saiba que a quantidade de
sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação é imediata. Na
hora de doar, todos passam por uma entrevista que tem o objetivo de dar mais
segurança ao paciente e aos pacientes que receberão a doação. Todas as
informações passadas pelo potencial doador são mantidas em sigilo.
No dia da doação, o candidato precisa estar bem, com
saúde. É necessário apresentar documento com foto, emitido por órgão oficial e
válido em todo o território nacional. O voluntário precisa pesar acima de 50 kg
e ter entre 16 (com autorização do responsável legal) e 68 anos de idade.
Outras recomendações para doação de sangue constam no Portal do Ministério da
Saúde.
INVESTIMENTOS
O Ministério da Saúde ampliou o investimento na rede
de sangue em hemoderivados de R$ 270 milhões, em 2008, para R$ 580 milhões, em
2012, o equivalente a um aumento de 114,8% dos recursos em cinco anos. Com
relação ao ano passado, quando os recursos para o setor chegaram a R$ 380
milhões, o crescimento foi de 52,6%. Além do aumento verificado nos últimos
anos, há previsão de mais aporte de recursos, podendo ultrapassar os R$ 600
milhões no próximo ano e chegar a mais de R$ 800 milhões em 2014.
O principal fator para o crescimento dos recursos
foi a compra de medicamentos para o tratamento de hemofílicos assistidos pelo
SUS. Um dos motivos do impulso é a oferta, a partir deste ano, da Terapia de
Indução de Imunotolerância para o tratamento da hemofilia do tipo A. O
procedimento consiste no uso de medicamentos que eliminam os inibidores de
Fator VIII, que atua na coagulação sanguínea. Essa terapia é indicada para os
casos de pacientes com até 10 anos de idade e que têm resistência a
medicamentos convencionais usados no tratamento da doença.
Além da compra de medicamentos, o recurso ampliado
foi aplicado no fortalecimento da rede nacional de sangue e hemoderivados nos
estados e municípios, na melhoria da qualidade da coleta e distribuição de
sangue, na capacitação e na qualificação dos profissionais que atuam na gestão
da rede de hemocentros. Os investimentos também foram aplicados na modernização
das unidades, compra de equipamentos e pesquisas. [Ascom/MS]
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