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sábado, 4 de agosto de 2012

Vai de cara de pau ou com a própria cara?

Albimar Furtado*
Jornalista albimar@superig.com.br

Apostamos e perdemos. Perdemos feio. Tem sido assim, faz alguns anos. Natal deixou de ser a namoradinha do Brasil e até de europeus. O Rio Grande do Norte assistiu desaparecer seu destaque regional e é hoje um coadjuvante de quarta ou quinta categoria.

Foram bem, Natal e o Rio Grande do Norte, quando suas lideranças tinham um perfil bem definido: pau é pau, pedra é pedra; Aluízio é Aluízio, Dinarte é Dinarte; Maia é Maia, Alves é Alves. PMDB é PMDB, PFL é PFL. Depois os rostos se misturaram. Diluídos e disformes.

Perdemos as referências. Antes, a sobrevivência acontecia pelo esforço em garantir adesões pelo convencimento de um pensamento, de ideias. Hoje ela se faz pelos entendimentos que garantam um sucesso eleitoral mais fácil, mesmo que isto signifique anos mais difíceis para uma população de mais de três milhões de pessoas. Nosso RN, que já foi matérias de destaque nos grandes jornais e canais de televisão brasileiros pelo engajamento de seus eleitores nas campanhas políticas, hoje tem essa mesma população distante do grande fato político, uma eleição. Éramos politizados, diziam os analistas. Agora, estamos indiferentes, desinteressados.

Chegamos, com as eleições deste ano, a uma nova oportunidade de modificar um comportamento experimentado e que resultou em prejuízos administrativos para o Estado. Natal, quem sabe, poderá ser um laboratório em que cada um revele sua própria cara. Não a cara, ou caras, de quem está por trás ou ao lado, fazendo esteira.

João mostrando, no palco, o papel de João; Antônio, o de Antônio. Desta vez não teremos Maria. João não sendo mais ou menos João ou Antônio um cara “parecido” com Antônio. Cada um se apresentando ao eleitor por inteiro. É disto que estamos precisando, não de protagonistas disformes. Luiz não pode ser Luiz em Natal, ser Antônio em Mossoró e João em Currais Novos. Mais do que nos anos anteriores, estou curioso para ver os programas de TV. Ver a cara de cada um e não precisar fazer apostas no escuro.

*Texto publicado na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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