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domingo, 26 de agosto de 2012

Repentista Lourival Batista, o Louro do Pajeú iniciou carreira no RN

LOURIVAL PATRIOTA BATISTA: O ‘LOURO DO PAJEÚ’
 
 

Foto arquivo/divulgação   
Repentista por excelência, Lourival Patriota Batista ou simplesmente ‘Louro do Pajeú’, nasceu no dia 06 de janeiro de 1915, na antiga vila das Umburanas, hoje Itapetim, no Estado do Pernambuco. Em sua terra natal, fez os primeiros estudos, que foram continuados no Colégio Dom Vital, no Recife. Lourival Batista cantou pela primeira vez aos 15 anos, em 1930, oportunidade em que fez dupla com o violeiro Pedro Ferreira. Dois anos mais tarde, transferiu-se para João Pessoa e depois para o Rio Grande do Norte, onde começou sua carreira como violeiro, profissão que exerceu até a sua morte, ocorrida no Recife, no dia 05 de dezembro de 1992.
 
Amigo e parceiro do talentoso poeta Pinto de Monteiro, ‘seu’ Louro - como era também conhecido - por muito tempo, empolgou plateias e animou muitas cantorias. Cognado o ‘Rei do Trocadilho’, cantou na presença de grandes pesquisadores do folclore brasileiro, a exemplo de Luís da Câmara Cascudo, Manuel Diégues Júnior, Veríssimo de Melo, Gilberto Freire e Mário Souto Maior, entre outros. [Leia mais na página do historiador e pesquisador]
 
EM TEMPO:
 
- Conterrâneo e contemporâneo, o poeta Manuel Bandeira em sua obra saudou os violeiros, repentistas cantadores do Sertão:
 
“Anteontem, minha gente,/
Fui juiz numa função/
De violeiros do Nordeste./
Cantando em competição,/
Vi cantar Dimas Batista/
E Otalício, seu irmão./
Ouvi um tal de Ferreira,/
Ouvi um tal de João./
Um a que faltava um braço,/
Tocava cuma só  mão;/
Mas como ele mesmo disse/
Cantando com perfeição,/
Para cantar afinado,/
Para cantar com paixão,/
A força não está no braço:/
Ela está no coração./
Ou puxando uma sextilha/
Ou uma oitava em quadrão,/
Quer a rima fosse em inha,/
Quer a rima fosse em ão,/
Caíam rimas do céu,/
Saltavam rimas do chão!/
Todo muito bem medido/
No galope do sertão, /
A Eneida estava boba;/
O Cavalcanti, bobão,/
O Lúcio, o Renato Almeida;/
Enfim, toda a Comissão./
Saí dali convencido/
Que não sou poeta não;/
Que poeta é quem inventa/
Em boa improvisação, /
Como faz Dimas Batista/
E Otacílio, seu irmão;/
Como faz qualquer violeiro/
Bom cantador do sertão,/
A todos os quais, humilde,/
Mando a minha saudação!”
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