acesse o RN blog do jornalista João Bosco de Araújo [o Brasil é grande; o Mundo é pequeno]

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Reflexão sobre o poder

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti*
Jornalista tarcisiocavalcanti@bol.com.br http://ptarcisio.blogspot.com

Quanto maior o poder; quanto maiores forem as prerrogativas do cargo – menores devem ser a empáfia, a ostentação, a vaidade, a truculência. Só o que deve ser maior é a responsabilidade.

Deixa-se subjugar pela empáfia, pela ostentação, pela vaidade, pela truculência, quem ainda não está preparado para o exercício do poder ou para administrar as prerrogativas de um cargo.

É fundamental que quem tem poder em suas mãos, nunca esqueça que o poder não é seu. É uma delegação. Política (e maior) se decorrente da soberania do voto popular; ou institucional, se consequência de uma posição na burocracia do Estado. Sempre que se tiver de usá-lo, não se pode nem deve deixar de lembrar que todo poder tem limites pré-estabelecidos na Lei.

Tais limites – em nenhuma circunstância poderão ser ultrapassados. O poder que ultrapassa limites perde sua eventual legitimidade.

Na face da Terra, especialmente sob o império da democracia, nenhum poder é ilimitado.

Vez por outra faço essa reflexão porque sei que, muitos detentores de poder, pelas mais diversas razões, ainda não tiveram a oportunidade – eu diria, também, a chance, de entrar em sua própria consciência, e de encará-la nos termos aqui colocados.

Não tenho outro propósito a não ser o de provocar esse encontro.

Tenho certeza que vale a pena. Tanto do ponto vista subjetivo, quanto do ponto de vista mais racional, mais pragmático.

Há exemplos marcantes – que a história registra – de detentores de poder que, por o quererem ilimitado, o transformam em ilegítimo e quando se apercebem do mal que fizeram – geralmente foi muito tarde e sem chance de volta.

Pra mim – que não tenho poder – essa é uma reflexão natural em muitos momentos da minha vida. O poder cega e embriaga. E quando passa a ser utilizado como palmatória do mundo, aí doutor, saia da frente porque não tem quem segure nem o seu limite, nem a sua legitimidade.

Como o arrependimento geralmente só chega tarde, torço para que, estimulando tal reflexão, possa contribuir para diminuição dos casos de exercício ilegal e ilegítimo do poder.

Por falar de poder, um outro assunto que me ocorre neste momento: É o lançamento do livro do amigo e colega, João Batista Machado, “Política em atos e fatos”. Será nesta quarta-feira, dia 4, na Academia Norte-rio-grandense de Letras, a partir das 18 horas. Vamos lá.

*Texto publicado na coluna do jornalista na edição dessa quarta (4) do NOVO JORNAL
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © AssessoRN.com | Suporte: Mais Template