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Foto por assessoria: Divulgação
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O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária
do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, participa dos ciclos de debates
na conferência internacional Rio+20, que ocorre na capital fluminense desde a
última semana. Vieira acompanha os trabalhos desenvolvidos pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no espaço Agro Brasil. “Estou
acompanhando de perto todos os debates e posso afirmar que tanto a CNA quando
as Federações da Agricultura do Brasil estão fazendo o seu papel, de
representantes do setor produtivo, na Rio+20”, ressaltou José Vieira.
No evento, um dos pontos fundamentais debatidos pela
CNA e pelas Federações é sobre a proposta de criação da Área de Preservação
Permanente (APPs) mundial nas margens dos rios. “Com ela, mostraremos ao mundo
a importância das matas ciliares para garantir a qualidade da água. Acredito
nessa proposta e tenho certeza que conseguiremos passar o recado para todos os
representantes de nações”, afirmou o presidente da Faern.
Preservação
de biomas
“Não queremos ditar regras a outros países, mas
temos autoridade para mostrar ao mundo a importância das matas ciliares e propor
um debate conceitual”, afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. “Se
esse conceito existe no Brasil e nós acreditamos nele, ele tem que ser bom para
todos os rios do mundo”, afirmou. Ela participou nesta terça-feira (19), no
Espaço Agro Brasil, liderado pela CNA, do lançamento da proposta de criação da
APP mundial.
Ao falar da iniciativa, - apresentada, em março, ao
Conselho Mundial da Água (CMA) durante o Fórum Mundial da Água, na França -,
lembrou que essa é a contribuição que o Brasil, que tem 12% da água doce do
mundo e preserva 61% de seus biomas, tem a oferecer nesse debate. “O mundo
inteiro precisa saber que a preservação é importante”, afirmou a senadora.
A senadora Kátia Abreu lembrou que o País
transformou cobertura vegetal nativa em “alimentos, comida e ativos econômicos
e sociais da maior importância para o Brasil” e que as atividades agropecuárias
ocupam 27,7% do território nacional, enquanto 61% estão preservados na forma de
florestas nativas. Citou que a taxa de desmatamento caiu de 27 mil quilômetros
quadrados para 6.200 quilômetros quadrados. “Nós vamos chegar muito antes da
meta de 5.800 quilômetros quadrados, estabelecida para 2020, assumida em
Copenhague, na Dinamarca”, afirmou. Apesar desses dados, lembrou que “erros foram
cometidos, mas que todos estão dispostos a corrigir esses erros”. “O que nós
queremos, de verdade, é um ambientalismo por ciência e não por paixão, por
ativismo”, finalizou a senadora. [por Paulo
Correia / AEcoar com informações da CNA]
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