Foto:divulgação
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Quem imagina que o hospital psiquiátrico é um local
de angústia e esquecimento ao conhecer o trabalho desenvolvido pelo Hospital
Severino Lopes se surpreende vendo que esse espaço é um local da alegria do
reencontro e do resgate da cidadania. Ângela Alves da Silva, que até pouco dias
atrás figurava na lista dos desaparecidos, é um exemplo claro dessa intervenção
positiva do hospital.
Através de um intenso trabalho do Serviço Social da
instituição, que acionou a Promotoria da Família e a Promotoria de Registro
Público, Ângela volta novamente ao convívio familiar. O encontro com sua tia
Andreia Maria, que reside no Rio de Janeiro, está marcado para esta
quarta-feira(30) à tarde. Na madrugada da quinta(31) Ângela Silva já estará
viajando de volta ao Rio.
Antes desse final feliz há uma longa história de
luta da instituição para localizar seus familiares.
Ângela chegou no hospital no dia 26 de maio
de 2010 encaminhada pelo Pronto Socorro do Hospital Dr. João Machado. Ela havia
sido levada pela polícia que a encontrou desorientada perambulando pelas ruas
do município de Ceará Mirim, solitária e sem documentação. Não sabia se
localizar no tempo e no espaço, sequer sabia em que ano estava.
A equipe aguardou a melhora do seu quadro, para dar
início a coleta de dados com o objetivo de identificar a sua história de vida.
Quando já se encontrava melhor informou que havia morado em vários municípios e
que era natural do Rio de Janeiro.
Inicialmente a equipe procurou encontrar referência
familiar em Ceará-Mirim acionando o Creas do município. Essa busca se revelou
infrutífera constatando que não havia nenhum vínculo familiar nessa cidade. A
partir daí foram feitos diversos contatos com a coordenação de saúde mental do
Rio de Janeiro, com a Polícia Federal, com o Tribunal Regional Eleitoral do RN,
com a Receita Federal, dentre outros. Esses contatos também revelaram-se sem
resultados positivos.
Concomitante a essa busca, como a paciente já se
encontrava de alta hospitalar, o serviço social implementou algumas estratégias
para que ela tivesse estrutura de apoio em sua saída. Foram feitos contatos com
a coordenação de saúde mental do RN para conseguir uma vaga no serviço de
residência terapêutica. Além disso havia a tentativa de conseguir a 2ª via da
sua documentação.
Seguindo orientações da Dra. Maria Danielle Simões, promotora
de justiça da família da comarca de Natal, que já desenvolve outras ações com o
serviço social do hospital, foi
encaminhado ofício no dia 28 de março, para a Promotoria da Família e a
Promotoria de Registro Público através da Dra. Sayonara Café de Melo. Esse
ofício chegou às mãos do promotor da comarca de Ceará-Mirim, Dr. Ivanaldo
Soares da Silva Júnior. Dr. Ivanaldo ao
receber a comunicação fez contato imediato com as promotorias da cidade do Rio
de Janeiro que obtiveram êxito na localização da família.
Com esse resultado positivo iniciou-se um contato
com seus familiares e todo um trabalho de preparação de Ângela junto com a
equipe interdisciplinar do hospital: psicologia, enfermagem, médico assistente
e o próprio serviço social, visando o tão sonhado reencontro familiar.
Assessoria
de Comunicação
Hospital
Severino Lopes
(84)
4005 - 3279
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