Autor: Geraldo
Anízio
Canto I
Senhores peço licença
Abro aqui meu
coração
coração
Mostrando a todos presentes
Esta humilde louvação.
Sacolejo a memória
Desato a ponta do nó
Rimando coisa com coisa
Na métrica de um verso só.
Salve Alteza sertaneja
Rainha do Seridó
Morada Vila
do Príncipe
Cidade de Caicó.
Louvo a prece do vaqueiro
A capela de rezar
A casa velha de pedra
A primeira do lugar.
Louvo o poço de Santana
Toda pedra desse chão
Salve o cruzeiro da capela
Querido São Sebastião.
Exalto Caicó antigo
Do começo até o fim
Do Professor Padre Guerra
Na Escola de Latim.
Louvo Amaro Cavalcanti
Nobre na advocacia
Ex-Prefeito Carioca
Irmão do Pe. João Maria.
Louvo o arco de Santana
Viva a Praça da Matriz
Louvo Benedito Leal
E o saudoso Pedro Diniz.
Louvo o padre nosso eterno
De mãos postas no andor
Louvo um terço bem rezado
Pelo Padre Antenor.
Salve o Clube dos Morenos
E o poder do santuário
Viva o mestre Noel
Todos negros do Rosário.
Glória à cidade do Príncipe
Dos doutores e menestréis
Das senzalas e dos chicotes
Dos senhores coronéis.
Louvo o padre louvo o Filho
Para não perder de vista
Louvo Adelço Balaieiro
E Severino Comunista.
Louvo o Rio Barra Nova
E o capim fazendo trança
Só não louvo a preguiça
E o cheiro da matança.
Salve o Rio Seridó
Semeando o Sertão
Por isso é tão famoso
Dando nome a região.
Não me canso do meu louvo
Mais parece uma ladainha
Louvo a mão tão generosa
Da querida Mãe Quininha.
Bravo a quem trouxe a coragem
Embrulhada no seu plano
De fundar em Caicó
O Ginásio Diocesano.
Louvo todo o seu ofício
No primeiro episcopado
Esse engenheiro da fé
Mestre Dom José Delgado.
Louvo o clero e a oratória
Curando as fendas das dores
Louvo a hóstia consagrada
Na boca dos pecadores.
Louvo os antigos sacerdotes
Banhados de disciplina
Enxugando os novos dotes
Dos pequenos coroinhas.
Viva o sermão de Antenor
Pelo sinal Salve Rainha
Quem rezou o padre nosso
Pensando na ladainha.
Louvo o sino da igreja
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