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sábado, 25 de junho de 2011

Dia Internacional de Combate às Drogas: Uso do crack é mapeado no Brasil

Nesse domingo (26) é comemorado o Dia Internacional de Combate à Drogas. O Dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987, como uma maneira de se chamar atenção para a necessidade de ações de combate ao avanço das drogas e formas de tratamento dos dependentes. No Brasil, por seus efeitos devastadores e crescente disseminação, o crack é considerado um grande problema de saúde pública.

Um estudo, encomendado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade norte-americana de Princeton, está mapeando, ao longo de 2011, o uso de crack no Brasil. A pesquisa é considerada o maior estudo sobre a droga já realizado no mundo. O objetivo é ter dados estatísticos reais do consumo do crack no país, das grandes cidades à zona rural. Atualmente, os números oficiais se baseiam em dados fornecidos pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotópricas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O relatório apontava que, no ano de 2005, 380 mil pessoas já tinham experimentado a droga no Brasil. A população mais atingida eram crianças e adolescentes de nove a 18 anos em situação de rua. Estimativas atuais apontam que o número de usuários hoje pode chegar a 1,2 milhão.

Um dos indicadores que as autoridades têm utilizado para afirmar que o consumo de crack vem subindo é o aumento das apreensões de pasta base de cocaína. Somente entre janeiro e abril deste ano, o Departamento de Operações de Fronteira da Polícia Federal registrou um aumento de 227% nas apreensões de pasta base, em comparação ao mesmo período de 2010. Em resposta ao desafio imposto pelo aumento no consumo da droga, em maio do ano passado, o governo, em uma iniciativa interministerial, lançou o Plano Integrado de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas, coordenado pela Senad e que conta com a participação do Ministério da Saúde.

O plano tem por objeto coordenar as ações federais de prevenção, tratamento e reinserção social do usuário do crack e outras drogas, bem como, enfrentar o tráfico, em parceria com estados, municípios e sociedade civil. Contempla ações estruturantes como: integração de ações de prevenção, tratamento e reinserção social; diagnóstico da situação sobre o consumo do crack e suas conseqüências; campanha permanente de mobilização e orientação; e formação de recursos humaos e desenvolvimento de metodologias.

Uma das principais ações para tratamento e reinserção social de usuários de crack tem sido a expansão da rede de atenção integral para usuários de crack e outras drogas com a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial Álcoo e Drogas (Caps-AD) e Caps nível III, que funcionam 24 horas, além da ampliação do número de leitos para atenção ao usuário de crack na rede pública e Casas de Atendimento Transitório.

Atenção ao dependente

O SUS adota uma concepção ampliada de atenimento ao usuário de drogas, abrangendo, também, a assistência e o acompanhamento do paciente por meio dos CAPS, das equipes de Saúde da Família, dos Consultórios de Rua, das Casas de Acolhimento Transitório, de terapia ocupacional e, para casos necessários, de tratamento medicamentoso e internação hospitalar, que deve ser vista como uma das possibilidades de tratamento conforme o diagnóstico médico e o perfil do paciente.

Afinado às diretrizes da Reforma Psiquiátrica (que mudou o foco da hospitalizaçã como centro do tratamento aos dependetes químicos), o Ministério da Saúde tem adotado o modelo de uma rede de atendimetno – ambulatorial e hospitalar – preparada para assistir os pacientes fora do hosital, durante o período de internação hospitalar e também após a alta do período de desintoxicação.

Essa rede compreende, além dos leitos de internação:

- 1541 Centros de Atenção Psicossocial, dos quais 242 são exclusivos para o tratamento de álcool e drogas, além de 122 CAPSi (infanto juvenil), 406 CAPS II e 46 CAPS III, que também atendem a usuários de drogas;
- 70 Casas de Passagem: moradia transitória para pacientes que iniciaram o tratamento para dependência, mas necessitam de um espaço protegido para viverem durante um período limitado. Estão em funcionamento em alguns municípios, com previsão de ampliação;
- 14 projetos já financiados para a implantação de consultórios de Rua: formados por equipes de psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais para atender principalmente pessoas que moran na rua e que não costumam freqüentar serviços de saúde;
- Centros de Convivência e Cultura: oferecem, especialmente aos usuários da saúde mental, espaços de sociabiliade, educação, produção cultural, sustentação das diferenças e intervenção na cidade;
- Núcleos de Apoio à Saúde da Família: com assistentes sociais, psicólogos, médicos psiquiatras e terapeutas ocupacionais. [Fonte: Assessoria de Imprensa MS/RJ]
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