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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alerta: poluição do Rio Ingá que banha a cidade de Acari

A degradação do Rio Ingá, sem esforços empreendidos provoca contaminação de suas águas

Na primeira semana de junho é comemorada a Semana Mundial do Meio Ambiente. A celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente acontece no próximo dia 05. Essa data marca o aniversário de uma conferência das Nações Unidas, ocorrida em 1972, que reuniu 113 países e 250 organizações não governamentais para discutir a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente.

A água é um recurso essencial para a sobrevivência humana e demais seres vivos do planeta. Ela viabiliza o desenvolvimento dos núcleos sociais, sendo de extrema importância para o desenvolvimento econômico e bem estar social. Temos vários exemplos de cidades que cresceram e germinaram as margens de rios como: Caicó – rio Seridó, Acari- rio Acauã, Paris-Sena etc. Além disso, a água é usada por todos nós diariamente, seja para higiene ou para o consumo. Por isso, não é possível falar de Qualidade de vida se os nossos recursos hídricos estiverem comprometidos.

Apesar do planeta terra está formado por grande parte de água, apenas um pequeno percentual é próprio para o consumo. Essa pequena quantidade de água potável está sendo ameaçada em sua qualidade por causa de intervenções humanas no meio ambiente, sobretudo nas bacias hidrográficas. A bacia hidrográfica representa o conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes, que alimentam esse rio. Ela compreende desde a nascente até a desembocadura e inclusive as áreas ao redor do rio. Dessa forma qualquer dano ocorrido em um ponto da Bacia poderá comprometê-la por inteiro. A história da humanidade nos revela que a interação do homem com o meio ambiente tem sido assustadoramente desastrosa. Pouca gente tem a dimensão e conhecimento acerca dos danos que essas intervenções podem ocasionar no meio ambiente e conseqüentemente nas nossas vidas.

Bacia do Acauã palco de degradações

A bacia hidrográfica do Rio Acauã está sendo palco de degradações ambientais, principalmente no que diz respeito ao leito do rio Ingá. Existe, portanto, uma necessidade premente de se buscar conhecimentos que visem subsidiar as tomadas de decisões no sentido de contribuir para a promoção de sua conservação, principalmente levando-se em consideração que 90% do nosso Estado ocupa extenso território no semi-árido, precisando, dessa forma, que haja a implementação de uma adequada política de gestão ambiental relacionada às águas.

De longe se pode ver a agressão sofrida pelo Rio Ingá, que corta parte do território do município de Acari. Existe uma quantidade de esgotos a céu aberto que estão sendo canalizados para o leito do rio Ingá. Um odor forte é sentido em boa parte de sua extensão, principalmente nas margens próximas ao perímetro urbano da cidade e no entorno do Conjunto Habitacional Terezinha Pereira Galvão. Esse tipo de despejo é o mais encontrado ao longo dos mananciais hídricos de nosso Estado. Constata-se que nas proximidades do referido aglomerado urbano existe a ligação de esgotos domésticos, resultando no despejo constante de resíduos domésticos in natura no leito do rio Ingá. O despejo de esgotos no rio é conseqüência da falta de saneamento básico. (Vejamos o rio Ingá antes e depois em fotos)

O efeito dos danos ambientais a ponto de ser responsabilizada pelo processo de degradação é de competência da CAERN, empresa gerenciada pelo Governo do Estado, que recolhe 35% da tarifa de esgoto como imposto pago por todos os acarienses (Onde estão sendo aplicados tais recursos?). A sugestão é que ocorra de forma estratégica, visando à sustentabilidade com base em valores ambientais e de responsabilidade a tomada de decisão política para o tratamento e destinação final do esgoto doméstico. A instalação urgente da ETA (Estação de Tratamento) irá minimizar os efeitos danosos ao meio ambiente.

O rio Ingá faz parte da bacia hidrográfica do rio Acauã enquanto afluente. Suas margens são zona de preservação ambiental. Os órgãos responsáveis pela fiscalização, gerenciamento e manutenção são: o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema), o Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis e Meio Ambiente (Ibama/RN), responsável pela fiscalização da destruição da mata ciliar às margens do rio; COVISA (Comissão de Vigilância Sanitária); CAERN (Concessionária de Serviço de Águas e Esgotos); CONEMA (Conselho Estadual de Meio Ambiente); COERH (Conselho Estadual de Recursos Hídricos); além dos órgãos municipais e ainda, contamos com a Promotoria do Meio Ambiente, que tem a missão de defender os interesses da sociedade.
 
Meio ambiente é responsabilidade de todas as pessoas, de todas as profissões.

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