Os mais antigos comiam com as mãos; poucos faziam uso de colheres na hora das ceias. A colher de pau essa sim, tornou-se no sertão um forte acessório em certos condimentos caseiros. Sempre feita da madeira do pereiro que é dura e amarelinha.
Nas bancas dos feirantes não faltava para vender colheres de paus de todos os tamanhos. De vez em quando, os retirantes que passavam pelas cidades, faziam os ranchos deles nas oiticicas às margens dos rios. Usavam para sobreviverem a arte de fazer ratinhos de barros para as crianças, carros de brinquedos, aviõezinhos de latas e colheres de paus. Nas portas das casas eles ofereciam esses produtos por valores irrisórios.
Colher de pau para mexer doce de goiaba, mas as maiores delas, é a colher de mexer chouriço. Feita da umburana, por isso tem peso leve para facilitar o manejo de quem está à beira do fogo, mexendo todo o tempo o chouriço até chegar o ponto certo. Isso é no Seridó.
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