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Com a eleição presidencial finalizada nesse último domingo, 31 de outubro, e com a confirmação que duas mulheres irão gerir o Rio Grande do Norte e o Brasil nos próximos quatro anos, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern) reivindica ações para o setor agropecuário nesse período e cobra uma maior atenção ao campo brasileiro.
De acordo com o vice-presidente da instituição, Ivonaldo Diniz, o governo Lula da Silva, no plano nacional, e o de Wilma de Faria/Iberê Ferreira, no RN, trouxeram avanços para a agricultura e a pecuária, mas ainda deixaram a desejar em questões importantes como a infraestrutura em estradas e portos. “Eles trabalharam pela agricultura, isso eu não posso negar. Ajudaram na chamada agricultura familiar, mas faltaram em um ponto fundamental: o escoamento dos produtos produzidos. Não trabalharam muito pelas nossas estradas ou portos. Agora eu espero que os novos governantes, que vão assumir em 2011, busquem melhoras para esses pontos”, cobrou Diniz.
O gerente de Aprendizagem Rural da Faern, Ubirajara Araújo disse que o que foi feito nos governos passados ainda foi muito pouco e deseja que a nova presidente Dilma e a futura governadora Rosalba, discutam o crédito rural e a questão da seca no Brasil. “O que desejo é que elas trabalhem pela agricultura no país. Que saibam valorizar o produtor rural, e que observem melhor a questão do crédito rural. E, fora isso, que trabalhem com a máxima seriedade a seca em nosso campo. Que tentem acabar com essa ferida aberta de séculos”, almejou Araújo.
A opinião das futuras gestoras
Em 23 de agosto, a Faern promoveu o seminário “O que esperamos do próximo governo do RN”, que debateu os pontos mais importantes da agricultura potiguar com a classe política do Estado, e uma das sabatinadas foi a governadora eleita Rosalba Ciarlini. Na ocasião, ela informou que defende investimentos para que o estado reestruture o setor da carcinicultura, também destacou a importância do Programa do Leite e se disse feliz pela inclusão da duplicação da BR304 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Rosalba assegurou ainda que irá incluir disciplinas de capacitação, profissionalização e formação técnica nas escolas da Zona Rural, para que os jovens não tenham que emigrar em direção aos centros urbanos.
Em vários eventos promovidos durante a campanha eleitoral, a presidente eleita Dilma Rousseff explicou seus pontos de vista sobre o agronegócio e o que pretende fazer pelo setor no Brasil.
Coletiva
Na ocasião mais recente, na quarta-feira (03), em entrevista coletiva ao lado do presidente Lula, ela informou que não vai tratar o Movimento dos Sem Terra (MST) como "caso de polícia", mas não vai permitir invasões em áreas produtivas. "O MST não é um caso de polícia. Agora, eu não compactuo com ilegalidade, nem com invasão de prédios públicos, nem com invasão de propriedades que estão sendo produtivamente administradas", ressaltou.
De acordo com Dilma, seu governo investirá na assistência técnica para que o pequeno produtor tenha acesso ao crédito, e incentivará a aquisição de 30% dos produtos da merenda junto à agricultura familiar. “Nós vamos continuar expandindo o crédito e reforçar a assistência técnica. Hoje você vê um aumento extraordinário da qualidade de vida da população rural. Com uma política de seguro e de aposentadoria rural, vamos elevar a renda no campo, que significará uma das maiores reduções da desigualdade no Brasil”, finalizou Dilma.
Paulo Correia
Agência ECO de Notícias
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