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sábado, 7 de agosto de 2010

Por que não a UFRN?

Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista

Segunda-feira tive o privilégio de desfrutar momentos agradabilíssimos na casa de Aluízio Alves Filho/Marise. Era o aniversário de Aluizinho que celebrava, também, o pré-lançamento do seu segundo livro – “Repensando o tempo, enfrentando a saudade a vida”.

Um belo livro. O lançamento oficial será no dia 12, a partir das 18 horas, no Memorial Aluízio Alves (em frente da TV Cabugi). Não haverá venda e, sim, a troca do livro por duas latas de leite em pó (de preferência Nan 1), destinadas ao Hospital Infantil Varela Santiago. Quem tiver interesse em conhecer a intimidade de momentos marcantes de uma das famílias mais respeitáveis do Estado, não pode perder.

Enriquecendo o texto, apresentações de Henrique Eduardo Alves e de Vicente Serejo.

Lá na casa de Aluizinho fui surpreendido por uma notícia que deve preocupar a intelectualidade e os meios culturais do Rio Grande do Norte: Estamos na iminência de perder o acervo da rica biblioteca formada por um dos norte-rio-grandenses de maior conceito que conheci – o saudoso jornalista Dorian Jorge Freire.

Presente na roda de amigos onde a notícia foi colocada, Ticiano Duarte não se conteve e afirmou com incontida emoção e grande respeito pelo amigo: “Dorian Jorge Freire foi uma das figuras mais brilhantes de minha geração”.

Pois é isso: Dorian morreu em 2005 e, desde então, a família se desdobra para evitar a deterioração do acervo que ele construiu com sabedoria e paixão. São cerca de oito mil volumes – livros selecionados, a maioria raros, centenas autografados pelos autores, com a atenção e o apreço que Dorian mereceu, como um dos mais renomados críticos literários do país, com colunas assinadas em jornais de circulação nacional.

Toda essa riqueza à disposição de nossa gente, especialmente das novas gerações, poderá deixar o Rio Grande do Norte, pela falta de interesse das nossas institui-ções culturais em assumir a sua propriedade. Vai ser muito difícil a família de Dorian continuar resistindo ao interesse demonstrado pela Universidade de Brasília. É aí que entra a pergunta com que abri esta reflexão: “Por que não a UFRN?”.

As duas não são financiadas pelo mesmo cofre? Ambas não têm a mesma destinação?

Pra mim, o futuro da biblioteca de Dorian Jorge Freire é algo de tal relevância, que deveria mobilizar todos os segmentos pensantes da sociedade potiguar – desde a base. As organizações estudantis, as entidades cultu-rais, as nossas universidades – públicas e (por que não?) particulares, como também os órgãos governamentais responsáveis pela Educação e pela Cultura.

Sei que é pouco, mas não podia deixar de dar este grito.
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