Por Keillha Israely
Assistente Social – Casa Durval Paiva
CRESS/RN 3592
O assistente social atua nas diversas
expressões da questão social, nosso objeto de atuação, e isso quer dizer que
lidamos diariamente com situações de violência, negação de direitos,
preconceito, desigualdades, dentre outras. Desafios que enfrentamos nos mais
diversos lugares e campos. Nosso trabalho está embasado em preceitos éticos e
políticos que buscam a liberdade como valor ético central, lutam pela equidade,
democracia, dentre outros. E isso vai além do conservadorismo e
assistencialismo que perpassava a atuação da profissão quando esta foi criada.
A luta pela
garantia de direitos é travada diariamente, afinal, vivenciamos uma época de
acirramento das desigualdades sociais, redução de investimento em políticas
públicas, bem como, uma diminuição da intervenção do Estado frente a essas
problemáticas. Nesse contexto, a sociedade civil assume um importante papel por
meio das instituições do chamado terceiro setor, e as Organizações não
Governamentais – ONG’s, se destacam, na prestação de serviços fundamentais.
A Casa
Durval Paiva, há 24 anos vem desempenhando um importante papel no apoio a
crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas, atendendo
atualmente a 538 pacientes ativos e em tratamento da capital, dos mais diversos
municípios do Rio Grande do Norte e também de outros Estados. Os serviços
ofertados, primam pelo atendimento de qualidade ao paciente e sua família,
atuando para além do assistencialismo e do favor, sendo o principal financiador
a sociedade civil organizada que doa acreditando no potencial da instituição.
O serviço
social é a porta de entrada, acolhemos, cadastramos e apreendemos as demandas
dos pacientes e seus familiares. Atuamos em conjunto com uma equipe
multidisciplinar que trabalha unida para dar uma atenção e cuidado a esse
paciente em sua totalidade. No nosso cotidiano profissional realizamos
atendimentos, entrevistas sociais e encaminhamentos, visando a garantia de
direitos dessas famílias, que chegam assustadas e com medo diante de um
diagnóstico de câncer ou doença hematológica.
As parcerias
com os órgãos públicos existem e são fundamentais, por exemplo: os exames de
alta complexidade, dos quais destacamos: tomografias, ressonâncias,
cintilografias, são encaminhados e liberados via Sistema Único de Saúde – SUS
pela Secretaria Estadual de Saúde – SESAP, bem como, os exames mais simples de
baixa complexidade – raio X, ultrassonografias, exames laboratoriais, são
viabilizados pelas Secretarias Municipais de Saúde. A comunicação com as
prefeituras acontece diariamente para viabilização e garantia de transporte
público para o tratamento, assim como, liberação de medicamentos.
Em suma,
necessitamos ter uma comunicação diária com a rede socioassistencial para
garantir direitos mínimos aos nossos pacientes e essa é uma das nossas frentes
de atuação. É salutar destacarmos que quando esses direitos são de uma forma ou
de outra negados, acionamos os órgãos responsáveis para garanti-los, mesmo que
por via judicial. Afinal, nosso objetivo principal é acolher da melhor maneira
possível as crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas
juntamente com seus familiares, formando cidadãos conscientes de seus deveres,
mas também de seus direitos.
Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval
Paiva
Assessoria de Comunicação
Foto relacionada à divulgação
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