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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Natal recebe oficina para multiplicadores do diagnóstico de óbito e qualidade do atestado médico

Diagnóstico da causa da morte e qualidade do atestado médico são temas de oficina para multiplicadores
O evento reúne cerca de 60 participantes entre médicos, pesquisadores, servidores da saúde e acadêmicos

O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio Grande do Norte (NEMS/RN) está recebendo, esta semana, a oficina “Melhoria do diagnóstico da causa da morte – Qualidade do atestado médico e uso do aplicativo atestado”, promovida pelo Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). O evento foi aberto na terça-feira (7) e se encerra nesta sexta (10), reunindo cerca de 60 participantes entre médicos, pesquisadores, servidores da saúde e acadêmicos.

Com duas turmas divididas nos quatro dias, a oficina objetiva descentralizar o treinamento de médicos nos estados e municípios brasileiros com maior carga de notificação de óbitos com baixa qualidade na causa básica. A proposta é que os médicos multiplicadores sejam atuantes nas Secretarias estaduais e municipais onde o projeto esteja ativo (Garbage Sessenta Cidades).

A oficina está sendo ministrada por Valéria Passos, médica e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Ana Cristina Vidor, médica pela Prefeitura de Florianópolis (SC), ambas consultoras do Ministério da Saúde e multiplicadoras do projeto.

Além das oficinas, a criação recente do aplicativo “AtestaDO” faz parte do plano de ação. Nele os usuários podem receber treinamento sobre o preenchimento das DO’s (Declarações de Óbito), estudar e fazer a avaliação do seu desempenho por meio de testes.

O Programa de Melhoria do Diagnóstico das Causas de Morte no Atestado de Óbito teve sua edição piloto em 2016, com a inserção de sete munícipios brasileiros, os quais Parnamirim e Caicó representaram o estado do Rio Grande do Norte.

Nesta segunda etapa, a aplicação do projeto no estado está sendo intensificada nos hospitais da capital. “Em Natal estamos implantando essas ações principalmente nos hospitais, fazendo treinamento de médicos com aulas nos hospitais e nas universidades para os alunos do último ano de medicina e cerca de 420 médicos já foram capacitados no município”, ressalta a consultora do Ministério da Saúde no Rio Grande do Norte, Maria Antonieta Delgado.

O atestado de óbito é emitido por médicos para comprovar a morte de uma pessoa. Este documento não é importante apenas para os familiares, como também para o gerenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Os índices de mortalidade são indicadores relevantes para a saúde e a obtenção desses dados se dá por meio do preenchimento correto dos atestados.

A insuficiência de informações como as circunstâncias da morte e, principalmente, a causa básica correta, leva a uma lacuna nos indicadores que guiam as ações governamentais. Maria de Fátima Marinho, diretora da DANTPS/SVS, afirma que na edição piloto do projeto, o resultado foi satisfatório e destaca os resultados alcançados com o andamento do projeto que possui, atualmente, 60 municípios inclusos. Ainda segundo Fátima Marinho, as informações dos pacientes estão nos prontuários e constatam-se as dificuldades de preenchimento dos atestados. “Não é só isso, há um problema também de organização do processo de trabalho no hospital”, observa.

O médico Aldemar Cândido Filho é clínico geral e diretor Clínico da Secretaria de Saúde do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. Ele participou da primeira turma de capacitação, no auditório do Núcleo, Natal, e frisa a importância da oficina para o seu trabalho. “Podemos difundir melhor o real valor do preenchimento correto das Declarações de Óbito. Sabendo a real causa do que leva a morte no nosso município podemos fazer os investimentos em saúde pública de uma forma mais direta, mais certeira, evitando os gastos desnecessários do dinheiro público”, pontua. [Portal da Saúde]
Fotos: Renata Duarte/Nuco-ms/rn
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