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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Instituição AAPCMR completa 21 anos de criação


Nesta sexta-feira, 3 de agosto, a Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR) completa 21 anos de fundação. Criada em agosto de 1997, a entidade filantrópica oferece auxílio a pacientes de diversos municípios do Rio Grande do Norte, e até de estados vizinhos, que se deslocam ao polo do Oeste Potiguar para tratamento oncológico.

A instituição é composta por duas Casas de Apoio – Adulto e Infantojuvenil -, onde pacientes e acompanhantes ficam hospedados, com direito a todas as refeições diárias quando precisam estar em Mossoró em virtude do tratamento. Além disso, desde 2011, a entidade possui também um Núcleo localizado em Pau dos Ferros. Com essas unidades, a AAPCMR tem auxiliado inúmeras famílias na luta contra o câncer.

São famílias como a do aposentado José Lopes Cardozo, que mora em Riacho da Cruz e realiza o tratamento de radioterapia em Mossoró desde junho. Se não fosse a Casa de Apoio, ele conta que não teria como ficar na cidade. “A importância é o seguinte, está mais perto, porque se eu fosse para vir de lá todo o tempo seria um gasto pesado”, comenta. “Graças a Deus, não me falta nada aqui não. Aqui não falta nada para a gente”, reforça.

Marineide Cardoso Lopes, filha do Sr. José, é quem o acompanha durante o tratamento e também recebe o suporte da instituição. “Quando a gente descobriu que ele precisava fazer esse tratamento, eu fiquei muito apreensiva e quando cheguei ao Hospital da Solidariedade me informaram que tinha a Casa de Apoio. Então, eu vim aqui conhecer, porque eu sei que a Prefeitura até bancaria para a gente vir todos os dias, mas é uma viagem muito cansativa. Eu vim conhecer a casa, encontrei com a diretora e com as demais pessoas, foram pessoas que me receberam muito bem. Dei uma olhada e para quem está necessitando ficar aqui, para um tratamento, lógico, não tem lugar melhor do que a Casa de Apoio. Estamos sendo muito bem acolhidos, não nos falta nada. A alimentação é boa”, afirma Marineide.

“Eu jamais imaginei que ele fosse passar por isso e encontrei aqui todo apoio. Então, a casa foi um grande suporte para ele que está fazendo tratamento lá na Liga. Eu só tenho o que agradecer, não tenho o que reclamar. Muito boa a Casa de Apoio. É limpa, é organizada, as pessoas são simpáticas, as pessoas são solidárias, os outros pacientes são pessoas boas”, acrescenta a acompanhante.

Após conhecer de perto os serviços, Marineide também se tornou multiplicadora da solidariedade e diz que está fazendo campanha entre as pessoas da sua cidade para que colaborem com a instituição. “Daqui para a frente, o meu objetivo é encontrar pessoas que doem para a Casa de Apoio porque, realmente, aqui é uma instituição filantrópica, que vive de doações. Tudo será muito bem-vindo e os pacientes e os acompanhantes agradecem”, finaliza.

Da entrega de cestas à acolhida dos pacientes

A diretora administrativa da AAPCMR, Ana Clébea Nogueira, lembra que, inicialmente, a Associação, idealizada pelo médico oncologista Cure Medeiros, em conjunto com um grupo de pessoas que se identificava com a causa, realizava a entrega de cestas básicas. Em um segundo momento, esses pioneiros planejaram a Casa de Apoio, através de doações. “Eles montaram a Unidade de Apoio adulto”, comenta a diretora.

Posteriormente, com a chegada do voluntariado, outros projetos foram sendo pensados. “Porque a gente entendia que era necessário algo a mais”, diz Ana Clébea, lembrando a necessidade de uma equipe multiprofissional. Em seguida mais pessoas foram aderindo à iniciativa. ”Vendo que era um projeto verdadeiro para atender a necessidade do paciente”, acrescenta.

Em 2004, com a chegada da onco-hematologista infantojuvenil, Edvis Serafim, e o início do tratamento de crianças e adolescentes com câncer em Mossoró foi criada a Unidade Infantojuvenil, que acolhe os pacientes de forma semelhante ao que acontece na Unidade Adulto.

E em 2011 surgiu o Núcleo de Pau dos Ferros, onde são ofertados alguns serviços aos pacientes oncológicos que residem no Alto Oeste.

Meta para os próximos anos

Ana Clébea lembra que hoje, o maior desafio da Associação é conquistar a sede própria em Mossoró. Isso porque os imóveis onde as duas unidades funcionam não pertencem a entidade. “Ainda há muito a fazer, como a nossa sede própria”, destaca Ana Clébea Nogueira, ressaltando a importância de uma casa de apoio para atuação de uma equipe multidicisciplinar.

Segundo ela, o ideal é que seja um local que possa comportar, em ambientes específicos, o acolhimento ao paciente adulto e à criança e ao adolescente, respeitando as especificidades de cada faixa etária. “O objetivo principal da Associação hoje é construir a sede própria”, reforça.

Projetos

Mas a ação da instituição não se resume ao trabalho de hospedagem e doação de cestas básicas. Por meio da Associação, são desenvolvidos vários projetos, como a Pedagogia Hospitalar, em funcionamento na Pediatria da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). Através da iniciativa, crianças e adolescentes em tratamento contam com o auxílio de duas pedagogas, cedidas pelo Estado do RN, que ajudam na assimilação do conteúdo escolar, uma vez que muitos pacientes infantojuvenis se afastam de suas atividades em razão da luta contra o câncer.

Outra iniciativa importante é o Toque de Mama, grupo composto por mulheres voluntárias que enfrentaram ou estão na batalha contra o câncer. Essas mulheres, conhecedoras dos desafios apresentados pela doença, oferecem apoio às pacientes em fase de diagnóstico e se engajam em várias das atividades promovidas pela AAPCMR.

A instituição oferece ainda próteses mamárias artesanais para as mulheres mastectomizadas. Muito mais do que um cuidado com a estética feminina, essas próteses são importantes para minimizar os riscos das mulheres que retiraram a mama desenvolverem problemas na coluna. Elas são produzidas em diferentes tamanhos e distribuídas gratuitamente.

Outro projeto desenvolvido pelo voluntariado dentro da Associação, o Ateliê Amor em Fios, responsável pela produção de perucas, confeccionadas com fios naturais, doados pela população, para serem emprestadas às pacientes que, em virtude do tratamento, perderam o cabelo.

Como ajudar

Todas as ações desenvolvidas pela instituição dependem de doações. Para colaborar, as pessoas podem realizar doações de gêneros alimentícios, material de limpeza, itens de cama, mesa e banho ou dedicar o próprio tempo, através do trabalho voluntário.

Os interessados também podem contribuir com doações financeiras, por meio do telemarketing da instituição, cujo número é o (84) 98899-5064, ou por meio de depósito bancário em nome da AAPCMR, no Banco do Brasil, Agência: 4687-6, Conta: 14.230-1.
Assessoria AAPCMR Casa de Apoio

Luciana Araújo/Assessora
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