Assistente Social – Casa Durval Paiva
CRESS/RN 1249
Apesar de
todos os avanços da medicina, ouvir do médico que seu filho está com suspeita
ou com diagnóstico de câncer não é fácil. Surgem dúvidas, medos, incertezas,
angústias e vários outros sentimentos contraditórios. Tem-se a impressão de que
o chão faltou aos seus pés.
O câncer
ainda é uma doença estigmatizante, temida e associada a morte, com muitos
preconceitos e culpas. Frequentemente, a primeira atitude ao receber a notícia
é a negação. Buscar informação e conhecer a doença é apenas o primeiro passo
para as famílias que lutam contra o câncer infantojuvenil. Existe a batalha da
criança ou adolescente que enfrenta baterias de exames, sessões de
quimioterapia e radioterapia, o que muitas vezes ocasiona internações
constantes. Esse fato gera outro problema: normalmente a mãe, para acompanhar o
tratamento do filho, se vê obrigada a passar longos períodos longe dos outros
filhos que estão em casa e do restante da família. Concomitantemente, advém as dificuldades
financeiras, materiais, entre outras. É um mundo desconhecido que precisa ser
desvendado, um longo caminho que necessita ser percorrido, com várias
dificuldades e etapas a serem vencidas.
Nesse momento, se toma consciência de que é
necessário a adaptação à nova realidade estabelecida. O acolhimento em um local
especializado é de extrema importância, uma vez que observamos que o tratamento
do câncer é longo, com grande desgaste emocional, físico e requer persistência
e esperança do paciente e da família.
O serviço
social na Casa de Apoio possui um caráter inclusivo, interventivo e educativo,
tendo como foco o processo curativo do paciente e acompanhamento do grupo
familiar, no que diz respeito às questões sociais, estrutura familiar e
questões socioeconômicas.
A assistente
social tem o primeiro contato com o responsável legal pelo paciente, geralmente
a mãe. Através da escuta qualificada é realizada uma entrevista social para
compreensão da situação sócio familiar. Os dados levantados serão utilizados ao
longo do processo de tratamento da criança ou adolescente e servirão de
subsídio para as ações multiprofissionais.
Nessa
intervenção também são fornecidas aos acompanhantes orientações, em linhas
gerais, sobre as mudanças no cotidiano do paciente durante o período de tratamento,
internação, permanência na Casa de Apoio e retorno a residência.
A atuação do
serviço social possibilita conhecer as demandas sociais de cada família,
criando um vínculo entre o profissional e o usuário/acompanhante que garante
intervenções de acolhimento e orientação, buscando o comprometimento dos
sujeitos envolvidos no processo de tratamento e cura.
Após o
primeiro contato, paciente e acompanhante são encaminhados para avaliação pela
equipe multiprofissional, composta por psicóloga, odontóloga, fisioterapeuta,
terapeuta ocupacional, farmacêutica, nutricionista, pedagoga, informática e
arte educadora, para definição dos atendimentos a serem realizados de forma
complementar ao tratamento, tanto para o paciente como para a família.
Nesse
contexto, é fundamental uma equipe que tenha competência técnica para lidar com
as diversas fases da doença oncológica, pois a criança ou adolescente com
câncer e seus familiares possuem necessidades especiais que exigem respostas
imediatas.
Assessoria de Comunicação
Casa Durval Paiva - 23 anos
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Foto relacionada à divulgação
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