O Núcleo
Estadual do Ministério da Saúde no Rio Grande do Norte (NEMS/RN) sediou na
tarde desta quinta-feira (07/06), a reunião do Conselho Municipal de Saúde
(CMS) de Natal, em cuja pauta foi apresentado, na plenária, o Projeto de
Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção aos conselheiros convocados e
participantes da 5ª Reunião do colegiado, deste ano, sendo realizada no
auditório do Núcleo, em Natal.
“Esta ação
faz parte de uma agenda para o fortalecimento das parcerias para o
enfrentamento da sífilis no Estado, tendo em vista que o município de Natal é
prioritário para o projeto”, explica a enfermeira e sanitarista Chyrly Elidiane
de Moura, bolsista Apoiadora de Pesquisa e Intervenção do Projeto. Ela ressalta
a importância da atuação do Conselho Municipal de Saúde no combate à sífilis,
“já que garante a inclusão direta da população no controle e na elaboração de
políticas para a gestão da saúde, favorecendo ações efetivas de promoção,
prevenção, diagnóstico, tratamento e segmento dos casos”.
Ainda
durante o item da pauta sobre a ‘Situação de HIV e Sífilis em Natal e Serviços
Assistenciais e Apresentação de Projeto Sífilis’ - antecedendo a apresentação
da Apoiadora Chyrly de Moura - constou de painel exposto pela responsável
técnica do Núcleo de IST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde do
Natal (SMS), Emily Miranda, apresentando os dados epidemiológicos da sífilis na
capital e a Rede de Atenção, ocasião em que destacou a proposta de descentralizar
o tratamento da doença para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que serão
referências em cada um dos distritos.
A reunião
foi conduzida pela presidente do Conselho Municipal de Saúde de Natal, Maria
Dalva Horácio da Costa, que reconheceu as dificuldades da Atenção Básica no
manejo da sífilis, propondo a realização de um Fórum envolvendo todos os
profissionais deste nível de atenção à saúde, cujo sugestão foi bem aceita por
todos os participantes do encontro.
O Projeto de
Resposta Rápida à Sífilis apresentando também teve boa aceitação pelos membros
do Conselho participantes da reunião que reconheceram a sífilis como problema
de saúde pública, oportunidade em que os representantes de movimentos sociais
solicitaram apoio do projeto no tocante à distribuição de material educativo
para serem usados durante as ações de saúde.
O Projeto de
Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção é uma parceria do Ministério da
Saúde (MS) com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e apoio da
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e foi pactuado em 2017 na
Comissão Intergestores Tripartite (CIT). O enfoque central é reduzir a sífilis
adquirida e eliminar a sífilis congênita no Brasil. O projeto inclui a
ampliação e qualificação do diagnóstico e o aumento da testagem, principalmente
nas grávidas. A identificação ainda no primeiro trimestre da gestação e o
tratamento adequado impedem a transmissão da doença da mãe para o bebê.
De acordo
com dados do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do
HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, o projeto
também prevê a implantação de linhas de cuidado para a sífilis com
acompanhamento de crianças expostas à doença e intervenção em populações-chave:
gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, trabalhadores do
sexo e pessoas que usam álcool e outras drogas.
Ainda
segundo o DIAHV/MS, “este projeto visa traçar um plano de trabalho que será
planejado para cada território no qual o profissional Apoiador de Pesquisa e
Intervenção atuará para alavancar a resposta rápida à sífilis e que o processo
está apenas começando e caminha no sentido de construir uma resposta ampla,
forte e eficaz para impactar a sífilis no país, em uma ação conjunta do
Ministério da Saúde, estados e municípios para intensificar, portanto, as ações
de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença”.
Fotos: Ascom/nems-rn
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