Fisioterapeuta - Casa Durval Paiva
CREFITO 83476-F
O conceito
de Cuidados Paliativos foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em
1990 e atualizado em 2002, como sendo "a assistência promovida por uma
equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do
paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da
prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável
e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e
espirituais". Nesse contexto, é fundamental a presença do fisioterapeuta
como parte integrante da equipe de assistência ao paciente, para que possa
atuar no alívio dos sintomas, promovendo bem estar através de recursos
terapêuticos.
É comum
achar que a conduta nessa fase de vida é passiva e limitada. Mas ao contrário,
a atuação da equipe é ativa e o fisioterapeuta deve estimular a independência e
autonomia do paciente que, muitas vezes, tem cuidado excessivo com restrições
que são desnecessárias.
Junto ao
paciente que requer os cuidados paliativos na Casa Durval Paiva o setor de
fisioterapia tem uma atuação humanizada e integrada com o mesmo, a família e a
equipe multiprofissional. Valorizamos cada realização do paciente e estimulamos
sua independência, sua participação ativa nos processos de decisão e cuidados
de si mesmo.
As técnicas
e recursos utilizados em sua conduta devem ter objetivos claros, pensando na
funcionalidade e resultados esperados. O alívio da dor tem um importante papel
nos cuidados paliativos. Esse objetivo pode ser alcançado através da
eletroterapia (corrente elétrica para analgesia), que pode diminuir o uso de
analgésicos e seus efeitos colaterais. Podem ser utilizadas a crioterapia
(compressas de gelo) e técnicas manuais, que também diminuem a tensão muscular,
melhorando a circulação tecidual e diminuindo a ansiedade. A dor é constituída
por componentes físicos, mentais, sociais e espirituais, por isso, não deve ser
tratada apenas com um dos recursos terapêuticos, como a eletroterapia, mas com
a atuação de toda a equipe multiprofissional.
O descanso e
a inatividade física podem gerar ou agravar a dor e causar fraqueza muscular
(hipotrofia), descondicionamento cardiovascular, respiração superficial,
alterações posturais, osteopenia (diminuição da densidade óssea) e até fraturas
patológicas. Por esses motivos, os exercícios físicos podem e devem ser feitos,
de acordo com a tolerância do paciente, mantendo o equilíbrio entre a atividade
física e a conservação de energia. Exercícios leves ou moderados para os
principais grupos musculares podem ser inseridos. Exercício aeróbico, como
caminhada, ciclismo e natação podem ser opções para combater a fadiga, que
muitas vezes limita o paciente em atividades como caminhar, se vestir ou tomar
banho.
Melhorar a
função pulmonar é outro fator importante que promove conforto ao paciente.
Também é fundamental ter cuidado com o posicionamento no leito prevenindo
úlceras de pressão.
É importante
também comunicar a verdade ao paciente e sua família. Isso traz confiança e
estimula a participação na conduta. Vale ressaltar que o conhecimento técnico e
científico não é o único requisito para lidar com o paciente. Saber ouvir,
conversar, e auxiliar no que ele precisa, faz a diferença nos cuidados,
promovendo bem estar e qualidade de vida, que devem ser contínuos até o momento
do óbito.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
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