Por Cinthia Moreno
Fisioterapeuta - Casa Durval Paiva
CREFITO 83476-F
Ficar em pé,
parado, parece algo simples, mas manter o equilíbrio postural é uma tarefa
complexa que pode não ser alcançada quando se tem alguma disfunção como, por
exemplo, fraqueza muscular, alteração na amplitude de movimento (ADM) e
alterações na sensação de movimento e posição do corpo.
Muitas vezes
o treino de equilíbrio é um dos objetivos finais, mas é um componente essencial
da reabilitação e não deve ser ignorado. É comum pensar no equilíbrio como algo
estático, sem movimento. Mas o equilíbrio é também um processo dinâmico que
está presente em muitas atividades da vida diária como caminhar, subir um
degrau, alcançar um objeto acima da cabeça ou arremessar uma bola.
Crianças com
câncer podem apresentar sinais e sintomas (disfunções), devidos à doença ou ao
tratamento, que influenciam diretamente na manutenção do equilíbrio postural.
Por isso é tão importante incluir exercícios e brincadeiras para que elas
“entrem no eixo”.
A progressão
deve ser feita passando de superfícies estáveis (como o próprio chão) para
instáveis (prancha/tábua de equilíbrio, cama elástica); passando do apoio em
dois pés para um pé; exercícios com olhos abertos para olhos fechados;
aumentando o tempo de uma determinada posição, acrescentando outras tarefas
durante o treino de uma determinada postura. Brincadeiras de “estátua” e
“morto-vivo” são exemplos de atividades lúdicas que também podem ser
utilizadas. É importante que o fisioterapeuta tenha criatividade durante o
atendimento para oferecer a maior variedade possível de exercícios e
brincadeiras, tornando assim o tratamento mais prazeroso.
Percebemos
na rotina do setor de fisioterapia da Casa Durval Paiva que as crianças se
divertem e assim são mais colaborativas com o tratamento, apresentam melhora,
são mais ativas e participativas. No acompanhamento são realizados vários tipos
de exercícios para melhora do equilíbrio. Algumas vezes o atendimento é feito
em grupo para melhorar a socialização e deixar a sessão ainda mais divertida.
É fundamental
que o planejamento dos objetivos da conduta seja feito de forma individual,
respeitando os limites e capacidades de cada paciente, para que não sejam
solicitados exercícios que ele não tenha habilidade para executar. Solicitar,
por exemplo, um exercício que produz muita instabilidade e queda pode ser
frustrante. Enquanto que alcançar a meta de um desafio proposto é um fator
motivador para a criança. E esse é um dos papeis do Fisioterapeuta, incentivar
os pacientes a superar limites, ver além das dificuldades.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
Foto relacionada à divulgação
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